Magazine do Xeque-Mate

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Pasmem! Um tucano que não é anti-petista e que vale à pena ler as palavras! E a mensagem de Xico Sá ex-PIG

Xeque - Marcelo Bancalero

Um artigo da Folha assinado por um tucano de carteirinha, e que deve ter causado emoções diversas em muita gente, me fez aplaudir pela primeira vez as palavras de um psdebista assumido!
Pois é...
Como disse em outro post ( http://goo.gl/SZSSTZ ), que o tal "antipetísmo" não existe e sim, apenas tucanos anti-petistas...
Agora dei de cara com uma exceção à regra...
Um tucano que não é anti-petista!
Leia o artigo na íntegra, e delicie-se com a análise em vídeo deBob Fernandes   Corrupção  Empresário Semler põe a nu “cínicos" e “hipócritas” http://youtu.be/TzDwbnOnSqY

Leia mais;







Ricardo Semler: Nunca se roubou tão pouco



Nossa empresa deixou de vender equipamentos para a Petrobras nos anos 70. Era impossível vender diretamente sem propina. Tentamos de novo nos anos 80, 90 e até recentemente. Em 40 anos de persistentes tentativas, nada feito.
Não há no mundo dos negócios quem não saiba disso. Nem qualquer um dos 86 mil honrados funcionários que nada ganham com a bandalheira da cúpula.
Os porcentuais caíram, foi só isso que mudou. Até em Paris sabia-se dos "cochons des dix pour cent", os porquinhos que cobravam 10% por fora sobre a totalidade de importação de barris de petróleo em décadas passadas.
Agora tem gente fazendo passeata pela volta dos militares ao poder e uma elite escandalizada com os desvios na Petrobras. Santa hipocrisia. Onde estavam os envergonhados do país nas décadas em que houve evasão de R$ 1 trilhão –cem vezes mais do que o caso Petrobras– pelos empresários?
Virou moda fugir disso tudo para Miami, mas é justamente a turma de Miami que compra lá com dinheiro sonegado daqui. Que fingimento é esse?
Vejo as pessoas vociferarem contra os nordestinos que garantiram a vitória da presidente Dilma Rousseff. Garantir renda para quem sempre foi preterido no desenvolvimento deveria ser motivo de princípio e de orgulho para um bom brasileiro. Tanto faz o partido.
Não sendo petista, e sim tucano, com ficha orgulhosamente assinada por Franco Montoro, Mário Covas, José Serra e FHC, sinto-me à vontade para constatar que essa onda de prisões de executivos é um passo histórico para este país.
É ingênuo quem acha que poderia ter acontecido com qualquer presidente. Com bandalheiras vastamente maiores, nunca a Polícia Federal teria tido autonomia para prender corruptos cujos tentáculos levam ao próprio governo.
Votei pelo fim de um longo ciclo do PT, porque Dilma e o partido dela enfiaram os pés pelas mãos em termos de postura, aceite do sistema corrupto e políticas econômicas.
Mas Dilma agora lidera a todos nós, e preside o país num momento de muito orgulho e esperança. Deixemos de ser hipócritas e reconheçamos que estamos a andar à frente, e velozmente, neste quesito.
A coisa não para na Petrobras. Há dezenas de outras estatais com esqueletos parecidos no armário. É raro ganhar uma concessão ou construir uma estrada sem os tentáculos sórdidos das empresas bandidas.
O que muitos não sabem é que é igualmente difícil vender para muitas montadoras e incontáveis multinacionais sem antes dar propina para o diretor de compras.
É lógico que as defesas desses executivos presos vão entrar novamente com habeas corpus, vários deles serão soltos, mas o susto e o passo à frente está dado. Daqui não se volta atrás como país.
Veridiana Scarpelli
Ilustração - Tendências e Debates de 21 de novembro de 2014
Ilustração - Tendências e Debates de 21 de novembro de 2014
A turma global que monitora a corrupção estima que 0,8% do PIB brasileiro é roubado. Esse número já foi de 3,1%, e estimam ter sido na casa de 5% há poucas décadas. O roubo está caindo, mas como a represa da Cantareira, em São Paulo, está a desnudar o volume barrento.
Boa parte sempre foi gasta com os partidos que se alugam por dinheiro vivo, e votos que são comprados no Congresso há décadas. E são os grandes partidos que os brasileiros reconduzem desde sempre.
Cada um de nós tem um dedão na lama. Afinal, quem de nós não aceitou um pagamento sem recibo para médico, deu uma cervejinha para um guarda ou passou escritura de casa por um valor menor?
Deixemos de cinismo. O antídoto contra esse veneno sistêmico é homeopático. Deixemos instalar o processo de cura, que é do país, e não de um partido.
O lodo desse veneno pode ser diluído, sim, com muita determinação e serenidade, e sem arroubos de vergonha ou repugnância cínicas. Não sejamos o volume morto, não permitamos que o barro triunfe novamente. Ninguém precisa ser alertado, cada um de nós sabe o que precisa fazer em vez de resmungar.
RICARDO SEMLER, 55, empresário, é sócio da Semco Partners. Foi professor visitante da Harvard Law School e professor de MBA no MIT - Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA)

*



Adiciono aqui um artigo do Pragmatismo Político que tem tudo haver com o post...

A metáfora de Xico Sá para definir a hipocrisia da imprensa

Xico Sá, escritor e jornalista que recentemente se demitiu da Folha após ter um artigo censurado pelo jornal, resumiu a hipocrisia da imprensa brasileira com uma metáfora pontual

xico sá folha mídia
Xico Sá, escritor e ex-colunista da Folha (reprodução)
“Para os jornais a corrupção no Brasil é igual ao meu uísque: só tem 12 anos. Mais história e menos lorota, mais cadeia e menos caô de delação premiada”, disse o jornalista Xico Sá, em sua página no Facebook.
A metáfora perfeita sintetiza a hipocrisia da imprensa brasileira em relação à Operação Lava Jato, que tenta confinar as denúncias de corrupção aos últimos doze anos.
Esse esforço, no entanto, vem sendo dificultado pelas próprias revelações da operação. O lobista Fernando Baiano disse ter entrado na Petrobras em 2000, enquanto Pedro Barusco, o corrupto de US$ 100 milhões, confessou ter começado a coletar propinas em 1996.
Na última semana, o empresário tucano Ricardo Semler afirmou que ‘nunca se roubou tão pouco’ no Brasil como no período atual (confira aqui). “Onde estavam os envergonhados do país nas décadas em que houve evasão de R$ 1 trilhão – cem vezes mais do que o caso Petrobras”, questionou o empresário.

Demissão da Folha

Xico Sá pediu demissão da Folha de S.Paulo depois de ter um artigo censurado pelo jornal durante as eleições de 2014 (relembre aqui). No texto, o jornalista e escritor declarava voto em Dilma Rousseff no segundo turno e explicava as suas razões.


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