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terça-feira, 16 de julho de 2013

Corporativismo médico quer sabotar o Programa #MaisMedico, são os hipócritas envergonhando Hipócrates

Xeque - Marcelo Bancalero

Tenho muitos amigos médicos, que honram o juramento de Hipócrates, que são exemplos de seres humanos... E sei que eles  sentem-se pessimamente representados por estes hipócritas!
Fazem corporativismo médico para sabotar o programa  #MaisMédico, através da internet mobilizam-se com atitudes de bandidos e marginais, enevergonhando seus pares na profissão que não comungam por práticas abomináveis que atingem em cheio não o governo Dilma... Mas a população!
Agora, os EGOístas querem fazer outra manifestação
E a população como fica com tudo isso?
 A oposição se aproveita para manipular estes otários...
Claro...
A ideia é com isso tentar impedir um novo sucesso da fábrica de postes do PT...
Sim, Lula  nem vai precisar  de muito esforço para emplacar Alexandre Padilha para o governo de SP.
Leiam e compartilhem  as dicas da editora de ;



Corporativismo médico quer sabotar o Programa #MaisMedico

Dica da Shirley Lima no Diaspora

https://joindiaspora.com/u/shirleylima
Folha teve acesso a uma das mensagens enviadas a médicos de São Paulo pelo aplicativo What's App. O texto diz que a ação está sendo orquestrada por "um sindicato", sem especificar qual seria ele.

A íntegra da mensagem é a seguinte:

"Pessoal, o sindicato pediu para que todos os médicos se inscrevam no programa Mais Médicos, pra mostrar pro governo que não falta médico e pra atrasar o cronograma do governo com a importação dos inaptos que se formaram fora e não revalidaram [o diploma]. Não custa nada, só se inscrever no sitehttp://www.saude.gov.br. Depois não participa das etapas posteriores e atrasa o governo fdp, e com isso o CFM [Conselho Federal de Medicina], Fenam, têm tempo de conseguirem obter liminar na Justiça para barrar a importação dos médicos sem revalidação. Cabe destacar que as capitais do Nordeste são as que mais estão com vaga no programa, então somos nós que podemos nos lascar com esse pessoal..."

 Brasil no revalida somente 7% foram aprovados

O Brasil respondeu pela grande maioria dos inscritos (560), mas apenas 7% dos candidatos foram aprovados. O país ficou na sexta colocação no ranking de índices de aprovação. Os países que obtiveram o maior êxito neste quesito foram Venezuela (27%) e Cuba (25%), apesar de o número absoluto de inscritos ter sido pequeno. Nenhum candidato com nacionalidade de países da Ásia, África ou América do Norte conseguiu passar na prova do MEC.


Hipócrates e os hipócritas

Só no município do Rio de Janeiro, o número de médicos com consultórios em uma dezena de ruas da zona Sul é superior ao número de localidades que, em nossa terra, não possuem um único médico. O Brasil possui 700 cidades que não têm um médico sequer residindo no município. Como não pode, infelizmente, obrigar os profissionais a se deslocarem de suas zonas de conforto, Dilma acena com um salário razoável e dá prioridade aos brasileiros para ocupar essas lacunas. E, sabiamente, oferece a profissionais estrangeiros os lugares não preenchidos.



Hipócrates e os hipócritas


Creio que já era hora de atualizar os termos do juramento de Hipócrates, proferido pelos médicos nas solenidades de formatura. Tendo cumprido a sua missão em tempos idos, esse juramento, que pedia o testemunho dos deuses gregos, pode e deve enfeixar outras “cláusulas”, que não aquelas que compõem os seus termos tradicionais.
A presidenta Dilma comprou uma briga séria e relevante com a classe médica do país, ao editar a medida provisória que, se aprovada, fará com que, a partir de 2015,  os estudantes que ingressem nos curso de Medicina tenham que trabalhar, depois dos 6 anos regulamentares do curso, mais dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS).
No mesmo conjunto de medidas voltadas para a área da saúde, a presidenta também pretende a contratação de médicos estrangeiros para cidades desprovidas de serviços adequados, depois de respeitada, nesse caso, a prioridade para os profissionais brasileiros.
Quanto mais nos aproximarmos da época das eleições, mais a política e os políticos, com sua feição maniqueísta, tenderão a analisar, segundo o viés eleitoral,  qualquer proposta que venha do Governo. Isso vale para a oposição e também para os apoiadores. Qualquer medida sugerida por Dilma – candidata natural à reeleição - terá que enfrentar, portanto, os reacionários de plantão, os falsos defensores do povo, as raposas e urubus de sempre. Até 2014, mais do que nunca, haverá confrontos entre posicionamentos que privilegiam a busca da redução de desigualdades e os que ainda anseiam pela manutenção de privilégios ancestrais. Sei que muitos não gostam, trincam os dentes e enrugam a testa com a classificação, mas é esse embate que caracteriza a esquerda e a direita.       
No caso dos médicos – que, no geral, compõem um segmento socialmente privilegiado  - é conhecida a sua tendência ao corporativismo. Essa postura não é exclusiva da categoria e é claro que há figuras admiráveis na Medicina, profissionais de competência inquestionável , ética indiscutível e forte comprometimento social. Mas, no caso presente,  não me parecem aceitáveis muitas posturas dos órgãos representativos da classe, de feição reacionária e egocêntrica, que, ás vezes, parecem esquecer que, mais que os seus interesses particulares,  estão em jogo aspectos vinculados à saúde e à própria vida de vastos segmentos de cidadãos desassistidos pelo Brasil afora.
O modelo defendido pelo Governo para os futuros formandos de Medicina tem precedentes, por exemplo, na Inglaterra e na Suécia. E se é válido naqueles países, de desníveis sociais bem menos significativos, muito mais será no nosso, cuja população de baixa renda reclama por uma atenção minimamente digna. Os dois anos de trabalho junto ao SUS constituirão um oportuno reforço ao atendimento de que se necessita e, mais do que isso, permitirão aos novos médicos um contato direto com os problemas do segmento mais sofrido do povo. Um povo que, aliás, com seu trabalho, também ajuda o Governo a patrocinar os nossos custosos cursos de medicina, de que grande número de estudantes desfruta gratuitamente, embora muitos pudessem até dispensar tal gratuidade... Penso que essa será uma forma de retribuírem ao país e aos seus cidadãos os esforços feitos para que possam se tornar médicos.
Por outro lado, é também dever do Governo tentar equilibrar essa espantosa situação em que, só no município do Rio de Janeiro, o número de médicos com consultórios em uma dezena de ruas da zona Sul é superior ao número de localidades que, em nossa terra, não possuem um único médico. O Brasil possui 700 cidades que não têm um médico sequer residindo no município. Como não pode, infelizmente, obrigar os profissionais a se deslocarem de suas zonas de conforto, Dilma acena com um salário razoável e dá prioridade aos brasileiros para ocupar essas lacunas. E, sabiamente, oferece a profissionais estrangeiros os lugares não preenchidos.
Argumentam as entidades médicas com a ausência de estrutura nesses locais que permitam ao médico fazer um bom trabalho. E , com relação aos estrangeiros, questionam a sua capacidade e querem submetê-los ao “Revalida” , um teste no qual, segundo dizem alguns, muitos médicos brasileiros não passariam...
Tudo isso vale ser discutido, mas sem hipocrisia. Se uma comunidade não tem sequer um médico, é melhor que tenha pelo menos um... E que, com ele, venham também os suportes, que, aliás, o Governo admite suprir com o programa proposto. O que não se pode é conviver com a precariedade atual, questionada nas ruas do país.  Outra alegação hipócrita tem a ver com a capacidade dos médicos estrangeiros, particularmente os cubanos, na alça de mira da turma da direita. Enquanto no Brasil a relação entre médicos e 1000 habitantes é de 1,83, em Cuba ela chega a 6,72.  Com todas as dificuldades estruturais, a medicina cubana dá conta do recado na ilha e é, realmente, referência planetária em algumas especialidades.  Entre as razões que justificam o sucesso cubano nesse aspecto está, seguramente, a filosofia que privilegia a medicina preventiva, que faz com que as famílias sejam permanentemente visitadas e assistidas por profissionais integrados àquela comunidade. Um jeito humanizado de reduzir custos com a saúde.
Dilma e seu governo têm falhas, é certo. Para mim, as duas maiores são a falta de um enquadramento – com denúncia direta ao povo - dos maus políticos que a chantageiam na chamada “base governamental” e a inaceitável “cortesia” com os seus desonestos desafetos da mídia. Mas, quando se trata do combate às desigualdades, penso que sua determinação é admirável. No caso das sugestões para a saúde, é de se lamentar que alguns hipócritas não queiram aceitar a releitura de Hipócrates, imposição dos tempos presentes.      

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