Magazine do Xeque-Mate

sábado, 11 de dezembro de 2010

Nosso Wikileaks são os Fiscais da Mídia! Veja como o Estadão fabricou o escândalo

Xeque - Marcelo Bancalero


Precisamos do nosso wikileaks! Precisamos de homens e mulheres dispostos a falar a verdade!
Nos moldes de nosso país, pois aqui não são só os políticos que precisam ser fiscalizados, mas o PIG (Partido da Imprensa Golpista), também.
Claro que podemos contar com o risco que correu o Sr. Assange  (AQUI), de recebermos retaliação por isso. 
mas não importa! Eu dou a cara a tapa!
Não vou me calar!
O que aconteceu com o Wikileaks só acontece aqui se deixarmos. Se assistirmos calados a tudo isso.
Somos os Fiscais da Mídia! (AQUI)  E de de políticos, da internet e de tudo o que possa ser âncora para impedir nosso país de seguir adiante!
Estamos de olho! Estamos juntos ! Essa corrente não vai se quebrar!
Faça parte dessa luta (AQUI)


Como o Estadão fabricou o escândalo

A sucursal de Brasília consegue um documento, uma declaração supostamente assinada pelo Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, avalizando o trabalho do INBRASIL, o tal instituto através do qual o relator do orçamento desviava recursos.
Procurou o Ministro. Na hora, constatou-se que o documento era falsificado. Havia inúmeras evidências, acessíveis a qualquer redação com um mínimo de análise técnica, conforme material que recebi agora à noite:
1. No brasão do documento, o telefone da Secretaria estava errado, assim como o email.
2. O padrão gráfico é diferente do papel timbrado da SRI.
3. O número do RG do Ministro é falso.
4. Sua denominação - "Ministro de Estado chefe da SRI" - incorreta.
5. O CNPJ da empresa avalizada é. Bastava colocar em um programinha simples para constatar que era inválido.
 
6. Havia mais. A assinatura do Ministro era scaneada, conforme se conferia a olho nu. Bastava clicar na assinatura para aparecer o contorno da imagem.
7. Bastava ir às propriedades do documento para saber que foi escrito em Br-Office, um editor de texto. Documentos legais são scaneados diretamente do papel. Documentos PDF a partir de um editor de texto é sinal evidente de manipulação. Qualquer adolescente medianamente informado sabe disso.
Tinha-se, enfim, uma reportagem sobre um documento falsificado envolvendo um Ministro de Estado. O repórter foi informado, até escreveu um boxe sobre isso. Essa informação não fo sonegada da direção de redação do jornal.
E tinha-se a principal suspeita - a ex-assessora que afirmava ter obtido a carta do Ministro.
A direção de redação - provavelmente Marcelo Beraba, um dos criadores da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), que se supunha o último centro de reportagem correta da mídia - decidiu ignorar todos os sinais de falsificação e imputar o documento ao Ministro Padilha.
A manchete de primeira página foi esta:
Internamente, na página 4, a matéria principal foi essa:
Na parte inferior da página um boxe, com Padilha tentando explicar que o documento apresentado era falso.

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