Magazine do Xeque-Mate

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Janet Yellen dá mais um adeus ao monetarismo. No Brasil, a inflação volta a zerar no IPC-S.

Xeque- Marcelo Bancalero



E agora Bonner?


Explica isso!



Janet Yellen dá mais um adeus ao monetarismo. No Brasil, a inflação volta a zerar no IPC-S.

Os mercados sobem aliviados, depois de um pregão nervoso na sexta feira. O IBOVESPA que caiu quase 1% na sexta sobe 1,33%. O S&P500 chegou a superar os 2.000 pontos na parte da manhã. O mercado andou analisando a fala de Janet Yellen na Conferência de Jackson Hole melhorando hoje as primeiras impressões tiradas na sexta feira.

O tema da Conferência anual foi a situação do mercado de trabalho. Diversos formuladores de políticas e pesquisadores expuseram seus estudos a respeito da Grande Recessão  e seus reflexos sobre o mercado de trabalho. Hoje é o assunto prioritário para os bancos centrais já que, apesar de todos os estímulos, os trabalhadores ainda estão participando menos da produção em seus países do que estavam antes de 2008. Yellen é especialista nesse setor e se destacou como pesquisadora keynesiana (ela foi professora da Universidade de Berkeley) desconstruindo um dos corolários do saber convencional do laissez faire, segundo o qual o desemprego é resultado da recusa dos trabalhadores em aceitar reduções em seus salários. Se os trabalhadores não aceitam reduções, os empresários são obrigados a demiti-los ou, se estão desempregados, eles preferem ficar em casa do que trabalhar aos salários vigentes. Yellen desenvolveu a “teoria dos salários eficiência”, segundo a qual empresas investem na formação de seus empregados, têm preocupações estratégicas em evitar que eles corram para os concorrentes e, por conta disso, evitam desemprega-los ao primeiro sinal de crise. Elas têm como primeira preocupação manter a eficiência de seus trabalhadores e não simplesmente obter salários menores. Se isso é verdade, a rigidez dos salários (eles não caírem em termos nominais nas crises) está explicada. Agora, em meio à discussão sobre a manutenção do estoque de moeda super-inflado (resultado do Quantitative Easing) e sobre os juros baixos, há uma divisão clara entre aqueles que dizem que a economia americana já se recuperou e os estímulos devem ser retirados por conta dos riscos inflacionários e há os que ainda acreditam que a economia não se recuperou porque, apesar dos dados fortes de produção, contratações e vendas, o mercado de trabalha ainda está fraco. E essa discussão é crucial: quando o FED começar a retirar os estímulos, reduzindo a oferta de moeda e subindo os juros básicos, os  preços dos ativos devem cair fortemente. Os ativos são as bolsas globais, os títulos de tenda fixa, as dívidas de países e empresas estrangeiras e os mercados de moedas. Tudo mudará na economia global
.
Acontece que Yellen não apresentou um documento trivial ao debate, dizendo sim ou não ao fim dos estímulos. Como era de se esperar dessa pesquisadora profissional, seu trabalho foi profundo e cheio de perguntas a serem respondidas. Os estudiosos lutam  para descobrir se as reduções vistas das ofertas e na qualidade de vagas de trabalho estão relacionadas à crise de 2008 (fatores cíclicos) ou se são uma tendência de mudança das economias (fatores estruturais). Os primeiros são mitigados pela continuidade do atual programa de estímulo; já os segundos mudam o jogo, podendo, inclusive, obrigar a autoridade monetária a antecipar o ciclo de alta dos juros. Em um documento de dezesseis páginas e que se refere a pelo menos mais 25 artigos acadêmicos de peso, Yellen se furta à tão esperada resposta: se os juros sobem logo ou não. O mais provável é que a política monetária tenha se distanciado definitivamente, ao menos nos EUA, da tagarelice monetarista que nos diz que os bancos centrais devem seguir regras explícitas e numéricas, deixando de lado o que chamam de discricionariedade. O Brasil tem um modelo desse tipo, o Sistema de Metas de Inflação.  Ela apenas é enfática ao dizer que o mercado de trabalho opera longe, muito longe, do que considera boas medidas de pleno emprego. E se minha interpretação está correta, podemos esperar duas coisas: primeiro, a maioria do FOMC, liderada por ela, se esforçará por manter a política monetária frouxa por um bom tempo; segundo, a falta de um “número mágico” para o mercado interpretar as ações futuras da autoridade monetária poderá (e com certeza o fará) aumentar a volatilidade dos mercados nos próximos meses.

Foi interessante notar que o FED se exercita para se retirar do programa de estímulos, com sua economia mais vigorosa, ao mesmo tempo em que os presidentes do Banco Central Europeu e do Banco do Japão procuram se justificar pela falta de estímulos que levou suas economias ao afundamento e que agora, para alegrar os mercados, estão prometendo novos programas de estímulos. A Alemanha, artífice do afundamento europeu por conta dos programas de austeridade, está vendo sua própria economia derreter. Hoje o instituto de pesquisas CESifo Munich apresentou seu índice de “Clima de Negócios” e ele está mergulhando, refletindo a queda da confiança empresarial na economia do país. Nada disso é novidade. 

Veja o gráfico:




As expectativas (em tom laranja) estão caindo absurdamente como resposta à queda dos preços, das vendas e dos indicadores antecedentes da indústria.

No Brasil, a Fundação Getúlio Vargas anunciou o que vem a ser a vigésima queda semanal do IPC-S. São setenta dias de queda da inflação ao consumidor: Veja os gráficos mensal e semanal do índice:




Todos os componentes indicaram  queda e o índice chegou ao zero. Veja a tabela de seus componentes:




Esse indicador, assim como o IPC Fipe, o IPCA-15 do IBGE e os IGP´s, indicam que a política monetária teve sucesso: a permanência da divulgação de índices muito baixos por tantas semanas,com manutenção dos acumulados em doze meses ainda muito altos, mostram que o choque primário de alimentos e energia foi absorvido pela economia sem que a inflação sofresse um choque secundário. A alta dos preços de energia residencial e industrial ocorreram nesse mês, conforme demonstrado no “post” de 19 de agosto (http://pepasilveira.blogspot.com.br/2014/08/entenda-o-peso-da-energia-na-inflacao-e.html ). O mundo não se acabou e a inflação, como tenho insistido, é página virada.

O desafio agora é saber ler os futuros passos do FED a partir das próximas comunicações. Por enquanto, os juros ficam no zero por mais e mais tempo.


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