Abro mão de dar meu xeque aqui, para dar espaço mais uma vez à voz da amiga Cristiana Castro
"Eu não sei de nada. Quero ver como é que vai ficar esse rolo. Se os empréstimos que o Genoíno fez para o PT são legais o que ele está fazendo no banco dos réus do Mentirão? Além disso, se os empréstimos não foram para as despesas de campanha e sim para compra de parlamentares, o que o Duda Mendonça recebeu? Por outro lado, se os empréstimos são legais, o Banco Rural tb não tem nada a fazer na AP e cai por terra a estória do $$$$ da Visanet e da Câmara, se o empréstimo foi feito e o dinheiro usado que outro dinheiro é esse. O STF diz que os empréstimos eram fraudulentos e que o $$$ vinha mesmo do BB e da Câmara, por conta dos contratos com a DNA e a SMP&B. Bem, aí enrola de novo e enrola feio pq os embargos do Pizzolato ( que o Estadão diz que não teve acesso; teve aos outros 24, menos ao do Pizzolato, o que não é problema pq os embargos interpostos estão na rede para quem quiser ler ), voltam com a questão da co-autoria que a defesa levou para plenário, no último dia do julgamento, salvo engano. JB fingiu que não entendeu e ainda fez o MAM de palhaço na cara do país inteiro. Por mais de uma vez o MAM perguntou ao Relator se o processo que corria na 12a VF/DF tinha alguma relação com a AP 470 ( é claro que todo mundo sabe que MAM está careca de saber que o processo tem tudo a ver com a AP 470 mas não é o que importa, agora. ) e JB negou e negou para o plenário, em cadeia nacional. Sabemos que todos ali sabem e sabiam que o processo da 12a que JB mandou o juiz sentar em cima, traz os nomes dos reais responsáveis pelos contratos da DNA com a Visanet. Não estou dizendo que exista qq problema nesse contrato, apenas que o Contrato data de 2001, ou seja, Pizzolato NÃO estava em qq diretoria, os dirigentes foram indicados pelo governo FHC. Qdo foi para a diretoria, foi para a DE MARKETING, os contratos eram com a de DE VAREJO. A estorinha do PGR e do Barbosa, começa aí, salvaram todos os diretores que não eram petistas e chutaram para a 12a e pinçaram o petista para ser responsabilizado por um desvio que qq criança sabe, não poderia ser feito sem outras assinaturas. Saí o desvio do BB, que o próprio BB diz que não houve e acabou o Mentirão. O STF decretou que houve desvio no BB e não adianta o BB dizer que não houve. Sequer, tiveram a decência de simular uma solicitação de devolução aos cofres públicos, tamanha é a maluquice. O maior processo do planeta, o maior volume de $$$ público desviado e ninguém quer um real de volta!? Vamos ver o que o plenário do STF vai fazer com o envelope 22 que coloca Pizzolato mais distante do desvio de verbas do que eu. Esse réu foi condenado por unanimidade com todos os juízes sabendo que não existe qq possibilidade de um funcionário, sozinho, fazer um desvio dessa monta. A defesa tentou até o último minuto e até o último minuto os caras mantiveram a farsa. Só um detalhe, MAM tem video gravado no youtube, solicitando informações acerca da conexão entre o processo da 12a e a AP 470 e o Relator negando qq conexão em plenário. Ou seja, o vídeo, em princípio, inocenta os demais magistrados, que muito embora, saibamos, agiram de caso pensado, podem alegar terem sido enganados pelo relator. Vamos ver como é que vai ficar isso. O PGR tá com pressa de prender todo mundo e já avisou que não existe nada que possa modificar a decisão. Bem, ele acusa, é seu papel; o problema é que Barbosa disse que em 20 já terá dado cabo da leitura dos 25 embargos... Custo a crer; ele tb tem pressa pq o PGR está de saída e tem que prender todo mundo até julho. Inacreditável.
Leia o artigo ;
A defesa de Pizzolato
Pizzolato foi enfiado à fórceps na peça de Gurgel porque havia necessidade imperiosa de amarrar a trama ficcional do mensalão com “dinheiro público”. A única coisa que encontraram para incriminar o PT, depois de várias CPIs, devassas, sigilos quebrados, foi o elo entre a Visanet, um grupo privado, no qual o Banco do Brasil é um entre centenas de acionistas, e a DNA propaganda, agência de Marcos Valério, na época a principal agência de publicidade em Minas Gerais, onde operava as campanhas de estatais mineiras e do governo do estado. Um dos principais clientes de Marcos Valério, além disso, era Daniel Dantas, que controlava as contas bilionárias de fundos de pensão e telefônicas.
A Visanet celebrou contrato com a DNA para veicular propaganda de seus produtos, que são as maquininhas de cartões de crédito.
Para dar fundamento à denúncia do mensalão, que vinha sem pé nem cabeça, e dar satisfação à “opinião publicada”, ou seja, à sanha de vendetta de segmentos políticos poderosos, Gurgel e Barbosa pescaram Pizzolato lá de baixo, onde ele figurava pacatamente como um réu de segunda ou terceira categoria. Elevaram-no a um papel central no sinistro esquema que descreveram: ele forneceria o elo entre mensalão e “uso de dinheiro público”, ou seja, haveria um pagamento de propina aos parlamentares com dinheiro do Banco do Brasil. E a presença de dinheiro público era a chave para destruir a tese de Caixa 2. Só que a teoria aceita pelo STF não está suportando o debate e está se desmanchando. Não houve dinheiro do BB e sim da Visanet, empresa privada sobre a qual Pizzolato não tinha ingerência, além de uma assinatura num documento, junto com outros quatro outros diretores do BB.
Estão aparecendo as provas, concretas e lógicas, que levam o crime para o outro lado: para o STF, que se curvou vergonhosamente ao espírito linchatório da mídia conservadora.
A defesa de Pizzolato, por esta razão, entrou com um embargo declaratório extremamente duro, inspirado pelo mais profundo sentimento de indignação contra uma arbitrariedade odiosa. Pizzolato se tornou objeto descartável no joguinho de sacrifícios humanos que mídia e STF promoveram para se auto pintarem como justiceiros políticos e obterem uma aprovação efêmera e demagógica.
Alguns pontos que desmascaram as mentiras do STF:
1. O dinheiro não era do Banco do Brasil, mas da Visanet. Era privado.
2. Os serviços foram prestados. Há registros de todas as campanhas publicitárias realizadas pela DNA, com o dinheiro privado da Visanet.
3. Pizzolato não assinou sozinho o documento. Outros diretores o fizeram. O fato de apenas citarem Pizzolato, por ser o único petista, revela má fé na investigação.
3. Os BVs pagos à DNA Propaganda são tradição no mercado publicitário brasileiro.
Voltamos inclusive à maior ironia de todas. O mensalão de Gurgel na verdade era o Bônus de Volume que a Globo e outras gigantes da mídia pagaram às agências de Marcos Valério, assim como pagam a todas as agências. Bônus de Volume, é sempre bom explicar, já que a mídia sonegou a informação durante o julgamento, quando ela faria diferença no debate de ideias e no julgamento paralelo que se fazia na mídia, Bônus de Volume é um prêmio que os veículos de comunciação pagam às agências de publicidade pelas campanhas de marketing que estas fazem em seus jornais, canais de rádio, TV, revistas. Por exemplo, a Chevrolet tem conta na DNA Propaganda. A DNA escolhe a Globo para veicular a propaganda dos carros da Chevrolet. Então a Globo paga à DNA como forma de “agradecer” ou “fidelizar” a DNA. Como a Globo é gigante financeira, ela paga os BVs no início do ano para uma campanha que a agência apenas ao final do ano irá veicular nos meios de comunicação. Antes de receber seu pagamento, a Globo adianta a gorjeta para a agência, que é na verdade um intermediário entre a mídia e as grandes empresas. Essa é a principal estratégia da Globo para concentrar um percentual tão absurdamente elevado de todos os recursos publicitários circulantes no país, privados e públicos.
A informação, se fornecida, desmancharia a aura de crime e mistério que Barbosa criou ao mencionar as cifras movimentadas por Marcos Valério. E saberíamos que o valerioduto foi alimentado, principalmente, com BVs pagos pela Globo.
A ficção de Gurgel e Barbosa, todavia, deixou inúmeros buracos. Talvez o aspecto mais difícil na defesa de Pizzolato seja escolher por qual ângulo atacar as arbitrariedades. Por todos os lados, a denúncia se esfuma a um leve toque.
Por exemplo, a denúncia tem uma falha estrutural: Pizzolato não assinou sozinho o documento de autorização para publicidade da Visanet (como o BB é sócio importante da Visanet, seus diretores de publicidade tem voz nas campanhas de marketing do grupo privado). Outros diretores – todos nomeados no governo FHC – também assinaram. Eles pinçaram apenas o petista. Por quê? Ora, a resposta é simples. Porque ele era petista! Pior ainda: sindicalista! Todo o preconceito ideológico exacerbado pela vitória de Lula, inclusive interno-corporativo, já que talvez a maior parte do alto funcionalismo público brasileiro, por questão de classe, seja conservador e pró-tucano, se voltou contra Pizzolato.
Pizzolato tinha uma longa história de muitas décadas no Banco do Brasil, onde ingressou via concurso ainda jovem, e onde jamais foi acusado de nada. Não importa: a ordem era “defenda PT” e ele acabou sendo vítima no mesmo tsunami.
Leia o embargo declaratório de Pizzolato contra o STF
Pizzolato foi enfiado à fórceps na peça de Gurgel porque havia necessidade imperiosa de amarrar a trama ficcional do mensalão com “dinheiro público”. A única coisa que encontraram para incriminar o PT, depois de várias CPIs, devassas, sigilos quebrados, foi o elo entre a Visanet, um grupo privado, no qual o Banco do Brasil é um entre centenas de acionistas, e a DNA propaganda, agência de Marcos Valério, na época a principal agência de publicidade em Minas Gerais, onde operava as campanhas de estatais mineiras e do governo do estado. Um dos principais clientes de Marcos Valério, além disso, era Daniel Dantas, que controlava as contas bilionárias de fundos de pensão e telefônicas.
A Visanet celebrou contrato com a DNA para veicular propaganda de seus produtos, que são as maquininhas de cartões de crédito.
Para dar fundamento à denúncia do mensalão, que vinha sem pé nem cabeça, e dar satisfação à “opinião publicada”, ou seja, à sanha de vendetta de segmentos políticos poderosos, Gurgel e Barbosa pescaram Pizzolato lá de baixo, onde ele figurava pacatamente como um réu de segunda ou terceira categoria. Elevaram-no a um papel central no sinistro esquema que descreveram: ele forneceria o elo entre mensalão e “uso de dinheiro público”, ou seja, haveria um pagamento de propina aos parlamentares com dinheiro do Banco do Brasil. E a presença de dinheiro público era a chave para destruir a tese de Caixa 2. Só que a teoria aceita pelo STF não está suportando o debate e está se desmanchando. Não houve dinheiro do BB e sim da Visanet, empresa privada sobre a qual Pizzolato não tinha ingerência, além de uma assinatura num documento, junto com outros quatro outros diretores do BB.
Estão aparecendo as provas, concretas e lógicas, que levam o crime para o outro lado: para o STF, que se curvou vergonhosamente ao espírito linchatório da mídia conservadora.
A defesa de Pizzolato, por esta razão, entrou com um embargo declaratório extremamente duro, inspirado pelo mais profundo sentimento de indignação contra uma arbitrariedade odiosa. Pizzolato se tornou objeto descartável no joguinho de sacrifícios humanos que mídia e STF promoveram para se auto pintarem como justiceiros políticos e obterem uma aprovação efêmera e demagógica.
Alguns pontos que desmascaram as mentiras do STF:
1. O dinheiro não era do Banco do Brasil, mas da Visanet. Era privado.
2. Os serviços foram prestados. Há registros de todas as campanhas publicitárias realizadas pela DNA, com o dinheiro privado da Visanet.
3. Pizzolato não assinou sozinho o documento. Outros diretores o fizeram. O fato de apenas citarem Pizzolato, por ser o único petista, revela má fé na investigação.
3. Os BVs pagos à DNA Propaganda são tradição no mercado publicitário brasileiro.
Voltamos inclusive à maior ironia de todas. O mensalão de Gurgel na verdade era o Bônus de Volume que a Globo e outras gigantes da mídia pagaram às agências de Marcos Valério, assim como pagam a todas as agências. Bônus de Volume, é sempre bom explicar, já que a mídia sonegou a informação durante o julgamento, quando ela faria diferença no debate de ideias e no julgamento paralelo que se fazia na mídia, Bônus de Volume é um prêmio que os veículos de comunciação pagam às agências de publicidade pelas campanhas de marketing que estas fazem em seus jornais, canais de rádio, TV, revistas. Por exemplo, a Chevrolet tem conta na DNA Propaganda. A DNA escolhe a Globo para veicular a propaganda dos carros da Chevrolet. Então a Globo paga à DNA como forma de “agradecer” ou “fidelizar” a DNA. Como a Globo é gigante financeira, ela paga os BVs no início do ano para uma campanha que a agência apenas ao final do ano irá veicular nos meios de comunicação. Antes de receber seu pagamento, a Globo adianta a gorjeta para a agência, que é na verdade um intermediário entre a mídia e as grandes empresas. Essa é a principal estratégia da Globo para concentrar um percentual tão absurdamente elevado de todos os recursos publicitários circulantes no país, privados e públicos.
A informação, se fornecida, desmancharia a aura de crime e mistério que Barbosa criou ao mencionar as cifras movimentadas por Marcos Valério. E saberíamos que o valerioduto foi alimentado, principalmente, com BVs pagos pela Globo.
A ficção de Gurgel e Barbosa, todavia, deixou inúmeros buracos. Talvez o aspecto mais difícil na defesa de Pizzolato seja escolher por qual ângulo atacar as arbitrariedades. Por todos os lados, a denúncia se esfuma a um leve toque.
Por exemplo, a denúncia tem uma falha estrutural: Pizzolato não assinou sozinho o documento de autorização para publicidade da Visanet (como o BB é sócio importante da Visanet, seus diretores de publicidade tem voz nas campanhas de marketing do grupo privado). Outros diretores – todos nomeados no governo FHC – também assinaram. Eles pinçaram apenas o petista. Por quê? Ora, a resposta é simples. Porque ele era petista! Pior ainda: sindicalista! Todo o preconceito ideológico exacerbado pela vitória de Lula, inclusive interno-corporativo, já que talvez a maior parte do alto funcionalismo público brasileiro, por questão de classe, seja conservador e pró-tucano, se voltou contra Pizzolato.
Pizzolato tinha uma longa história de muitas décadas no Banco do Brasil, onde ingressou via concurso ainda jovem, e onde jamais foi acusado de nada. Não importa: a ordem era “defenda PT” e ele acabou sendo vítima no mesmo tsunami.
Leia o embargo declaratório de Pizzolato contra o STF
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