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Nos resta lamentar essa tragédia, exercitar nossa solidariedade, orar pelas famílias, e aprender com nossos próprios erros, o que deixamos de aprender com erros semelhantes que já haviam causado outras tragédias por este mundo afora.
Como podemos ver num dos artigos aqui, muitos outros incêndios da mesma natureza aconteceram em outras boates em diversos países.
Horror na Boate KISS |
"Segurança fechou as portas porque tinham que pagar" BRASIL, ONDE O DINHEIRO VALE MAIS QUE 232 VIDAS.
Tentávamos puxar as mãos que apareciam entre a cortina de fumaça, relata jovem que estava em boate Estudante de Medicina Murilo De Toledo Tiecher, 26 anos, foi um dos primeiros a sair do lugar e ajudou a socorrer vítimas
Um dos primeiros a sair da boate Kiss, em Santa Maria, quando o incêndio que deixou 245 mortos começou, o estudante de Medicina Murilo De Toledo Tiecher, 26 anos, relata que, por não enxergar a pista de dança, os seguranças não entenderam o que estava acontecendo e tentaram barrar a saída dos jovens que estavam na festa.
Ao correr para a saída, Murilo ficou prensado contra uma barra de ferro que servia para organizar a fila na entrada. Ao conseguir pular, deparou-se com a porta da saída fechada.
— A gente gritou 'tá pegando fogo, tá pegando fogo', mas o segurança abriu os braços e estava tentando manter a porta fechada. Uns cinco ou seis caras derrubaram o segurança e colocaram a porta abaixo. Era a única saída.
Murilo conta que o incêndio começou quando foi aceso um tipo de sinalizador no palco e as chamas alcançaram o teto. Ele relata que estava a 10 metros do palco e que o fogo se espalhou muito rápido, em cerca de três minutos. Quando conseguiu sair, foi um dos primeiros a ligar para o Corpo de Bombeiros.
— Os primeiros a sair tentavam puxar quem estava lá dentro. Apareciam mãos, braços na porta entre a cortina de fumaça. Puxamos várias pessoas. Eu, inclusive, puxei uma guria pelos cabelos. Foi um caos, o maior desespero.
Quando os bombeiros chegaram, quem já havia saído tentava dar direções de onde as pessoas estavam aglomeradas. O estudante conta que pessoas que não conheciam o local entraram nos banheiros pensando que eram saídas.
Tentávamos puxar as mãos que apareciam entre a cortina de fumaça, relata jovem que estava em boate Estudante de Medicina Murilo De Toledo Tiecher, 26 anos, foi um dos primeiros a sair do lugar e ajudou a socorrer vítimas
Um dos primeiros a sair da boate Kiss, em Santa Maria, quando o incêndio que deixou 245 mortos começou, o estudante de Medicina Murilo De Toledo Tiecher, 26 anos, relata que, por não enxergar a pista de dança, os seguranças não entenderam o que estava acontecendo e tentaram barrar a saída dos jovens que estavam na festa.
Ao correr para a saída, Murilo ficou prensado contra uma barra de ferro que servia para organizar a fila na entrada. Ao conseguir pular, deparou-se com a porta da saída fechada.
— A gente gritou 'tá pegando fogo, tá pegando fogo', mas o segurança abriu os braços e estava tentando manter a porta fechada. Uns cinco ou seis caras derrubaram o segurança e colocaram a porta abaixo. Era a única saída.
Murilo conta que o incêndio começou quando foi aceso um tipo de sinalizador no palco e as chamas alcançaram o teto. Ele relata que estava a 10 metros do palco e que o fogo se espalhou muito rápido, em cerca de três minutos. Quando conseguiu sair, foi um dos primeiros a ligar para o Corpo de Bombeiros.
— Os primeiros a sair tentavam puxar quem estava lá dentro. Apareciam mãos, braços na porta entre a cortina de fumaça. Puxamos várias pessoas. Eu, inclusive, puxei uma guria pelos cabelos. Foi um caos, o maior desespero.
Quando os bombeiros chegaram, quem já havia saído tentava dar direções de onde as pessoas estavam aglomeradas. O estudante conta que pessoas que não conheciam o local entraram nos banheiros pensando que eram saídas.
Relembre outros incêndios que causaram tragédias em boates
27/01/2013 - 12h35
Internacional Da BBC Brasil
Brasília - No dia 30 de dezembro de 2004, um incêndio matou 194 pessoas e deixou cerca de 1.400 feridos na discoteca República Cromañón, em Buenos Aires, capital argentina. O incêndio começou com o uso de fogos de artifício pela banda de rock que se apresentava no local - lotado. A tragédia levou à derrocada do prefeito de Buenos Aires, Aníbal Ibarra, após um julgamento político, em 2005.
Em dezembro de 2002, na Venezuela, um incêndio matou cerca de 50 pessoas no clube La Goajira, na capital, Caracas. A boate estava lotada no momento do incêndio.
Em julho de 2002, um incêndio matou 28 pessoas na discoteca Utopía, do centro comercial Jockey Plaza, em Lima.
No México, mais de 20 pessoas morreram em outubro de 2000 na discoteca Lobohombo - que não tinha saídas suficientes.
No dia 20 de dezembro de 1993, um incêndio na discoteca Kheyvis, localizada no bairro de Olivos, em Buenos Aires, matou 17 jovens.
Em Quito, no Equador, 13 pessoas morreram em abril de 2008 na discoteca Factory.
Em novembro de 2001, fogos de artifício disparados durante um show de samba provocaram um incêndio que matou 6 pessoas na sala Caneco Mineiro, na cidade de Belo Horizonte - que não tinha saídas de emergência adequadas. Centenas de pessoas ficaram feridas.
No dia 31 de outubro de 2012, três jovens morreram e outras duas ficaram feridas gravemente numa festa de Halloween em Madri, Espanha. As vítimas tinham entre 18 e 25 anos. O incidente ocorreu no ginásio Madri Arena, no oeste da capital espanhola.
Em fevereiro de 2003, cem pessoas morreram em um incêndio em uma boate de Rhode Island, nos EUA, também causado por fogos de artifício.
Na China, mais de 300 pessoas morreram em uma sala de Luoyang, em 2000. Na cidade de Fuxin, um incêndio matou mais de 200 em 1994.
Em 2008, um incêndio matou 43 e feriu 88 em uma discoteca na cidade de Shenzhen, no Sul da China.
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