Xeque -Marcelo Bancalero
Nesta era da desinformação irresponsável midiática, quando nos deparamos com trabalhos ousados de dedicação a mostrar o que tentam esconder da população, temos o dever cívico de ajudar na ampla divulgação.
A comp@ Rosane Rodrigues , me passou essa excelente literatura a REVISTA SAPIENTIA, onde está esse magnífico artigo dela onde faz uma análise sobre como a cooperação com Cuba ajuda na melhora da saúde no Brasil e muito mais.
BRASlL E AMÉRICA LATINA: COOPERAÇÃO NA ÁREA DA SAÚDE
Jornalista especializada em Negociações Internacionais pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e em Estratégia Marítima pela Escola de Guerra Naval (FEMAR). É também mestre em Relações Internacionais pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (CEBELA).
O conceito de cooperação internacional definido pelo Ministério das Relações Exteriores é abrangente e pode parecer distante do dia a dia da população. Não é bem assim. Os resultados oriundos de parcerias interestatais têm impacto direto na vida dos cidadãos, seja na facilitação do acesso a determinados medicamentos, em campanhas conjuntas de combate ao tabagismo seja na criação de um sistema integrado de doadores de medula. A cooperação internacional implica a transferência ou o compartilhamento de conhecimentos, experiências e boas-práticas por meio do desenvolvimento de capacidades humanas e institucionais.
A cooperação técnica internacional se estabelece como um instrumento de desenvolvimento, auxiliando os países participantes a promover mudanças estruturais nos campos social, econômico e institucional. Na área da saúde, em especial na luta contra o câncer, a cooperação internacional Sul-Sul tem sido fundamental
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, Cuba é o único país da América Latina que produz anticorpos monoclonais (base do tratamento de tumores malignos que interferem somente nas células doentes). A cooperação entre Brasil e Cuba foi estabelecida em 2004 e é considerada estratégica no tratamento contra o câncer. A ideia da parceria é garantir o acesso de pacientes dos dois países a medicamentos e vacinas terapêuticas. O ano de 2014 consolida a parceria com 58 projetos de pesquisa e desenvolvimento. Um dos principais acordos estabelece a transferência de tecnologia cubana para a produção do medicamento Heberprot-P, remédio que pode reduzir em até 50% a amputação de pés em diabéticos. O diabetes é responsável pela morte de mais de 57 mil pessoas por ano no Brasil.
O Instituto Nacional do Câncer, com sede
no Rio de Janeiro,
é considerado pela
Organização Mundial da Saúde como centro colaborador para o controle
do tabaco na região. Mais do que um título,
o Brasil presta
assessoria aos países do MERCOSUL para a redução
do tabagismo. Desde
2003, as discussões dos ministros da Saúde
do MERCOSUL incluem pesquisa e
debate sobre o controle
do tabaco. O Brasil foi o primeiro país da região a reconhecer a saúde como direito de todos e dever do Estado. Além do MERCOSUL,
a UNASUL é outro
exemplo de como a cooperação pode ser
um caminho para
o desenvolvimento regional.
A UNASUL é resultante de tratado constitutivo
assinado em 2008,
englobando 12 países da América do Sul.
Entre seus objetivos principais, está um projeto de integração
regional
por meio da inclusão
social, fortalecimento da democracia e redução das
assimetrias. A saúde é uma das áreas priorizadas para o cumprimento desse fim.
A cooperação internacional em saúde é a
expressão da solidariedade entre as nações, entendida como um direito humano.
Fonte: Ministério da Saúde
A intensificação da cooperação e do desenvolvimento na região é realizada
pelo Conselho de
Saúde na
UNASUL, cuja
meta é fomentar
a divulgação
e o desenvolvimento de boas
práticas de governança pública nessa
área. As ações
do Conselho
de
Saúde
são
verificadas por grupos de trabalhos
e por
redes estruturantes.
Uma das iniciativas surgidas
nesse âmbito foi o Instituto
Sul- Americano de Governo em Saúde (ISAGS). Criado em 2010, a sede do ISAGS fica
no Rio de Janeiro. O
instituto é um centro de altos estudos e debates em políticas
públicas. A ideia é disponibilizar para
os membros do Conselho
práticas relevantes
para a gestão,
promover intercâmbios e estimular
o conhecimento e
as inovações.
Nesse contexto, é importante apresentar sobretudo
o trabalho das redes
estruturantes, na medida
em que são
uma forma de articulação dos recursos regionais na execução
de políticas públicas
na
área
da saúde. Essa
articulação resulta em ações
mais eficientes e sustentáveis.
As redes são,
antes de mais nada, espaços de cooperação técnica
que estimulam ações conjuntas. Elas são compostas por hospitais, centros de pesquisa, centros de produção
de medicamentos, entre outras instituições dos doze países
membros da UNASUL.
Entre as ações das redes estruturantes,
está a
Rede de Instituições Nacionais de Câncer (RINC),
que funciona
como um elo de articulação e cooperação entre instituições públicas
e programas para o controle
da doença na região. O Instituto
Nacional do Câncer
da Argentina
foi criado em 2010 nesse
contexto.
Há constante preocupação para formar e capacitar recursos
humanos na região. Ademais, os grupos operativos
possibilitaram a
criação da Rede de Biobancos da América Latina
e do Caribe (Reblac).
Um biobanco pode
ser compreendido como uma biblioteca
que guarda um
acervo biológico de
doadores como células
e
sangue. A chance de encontrar um doador de medula aumenta consideravelmente com a Reblac. Esse é um exemplo de como a cooperação internacional pode salvar vidas.
Alguns programas e ações de cooperação do Brasil
na América Latina
Rede de
Institutos Nacionais de
Câncer (RINC
/UNASUL)
A RINC pode ser definida como um conjunto de articulação e de cooperação entre instituições públicas, de âmbito nacional,
nos países da União
das Nações Sul-Americanas e nos demais
países da
América Latina. O objetivo
é elaborar e/ou executar políticas e programas para
o controle do câncer na região. A rede foi constituída pelo Conselho Sul-Americano de Saúde, formado pelos
12
ministros da Saúde
dos Estados que compõem a
UNASUL, em 25 de julho de 2011,
por meio da Resolução 04/2011. O
Instituto Nacional de Câncer
(INCA), no Rio de Janeiro,
é a sede do programa2.
PARA SABER
MAIS SOBRE COOPERAÇÃO
INTERNACIONAL
Agência Brasileira de Cooperação (ABC)
Instituto Sul-Americano
de Gover no em
Saúde (ISAGS)
Assessoria de Assuntos
Internacionais de Saúde do Ministério da Saúde http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o- ministerio/aisa
Fonte RevistaSapientia-Edicao21.pdf em http://revistasapientia.com.br/download.php?Revista=3c59dc048e8850243be8079a5c74d079
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