Magazine do Xeque-Mate

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Nota de José Dirceu - 22/10/2012 e indignação deste blogueiro contra quem se calou!

Xeque - Marcelo Bancalero

Onde estão agora aqueles que se calaram, que não se manifestaram, que deixaram de se colocar em defesa da verdade, espero que  agora estejam consigam dormir com suas consciências  tranquilas.
Pois a minha está em paz! Só agitada pela indignação de ver  a injustiça prevalecendo sobre a justiça. Uma corte se dobrar aos desejos da oposição e mídia bandida. 
Aliás, não sei se sinto-me mais indignado com este "BBB do STF" articulado pela PIG (Partido da Imprensa Golpista), ou o que mais  me deixa  assim é a ociosidade da militância, de bocas que não se abriram com medo , cuidando apenas de suas campanhas, deixando que toda a história de homens que construíram esse país, o Partido dos Trabalhadores  fosse manchada sem  ao menos gemerem, como se não fizessem parte deste corpo.
Os golpistas continuarão atrás de seus objetivos, pois  o real intento que não era atingir Zé Dirceu, Genuíno e os demais petistas, pois estes eram apenas um caminho a ser seguido para atingir a quem eles mais querem a cabeça numa bandeja de prata, o cara que mudou este país. O homem do povo que  deu  uma identidade a esta nação no mundo lá fora. Que calou a voz da direita elitizada e deu voz ao povo no poder.
Sim...
É a cabeça de Lula que eles querem.
E como não podem tocar em Lula, querem denegrir sua imagem e jogar através da mídia bandida, o povo contra ele.
Espero que não seja tarde para que estas vozes que se calaram,voltem a sentir na pele  o que é ser PT.
E consigam ainda a  tempo reverter ao menos um pouco dos males que permitiram calados!
Abaixo a voz do companheiro José Dirceu;


NUNCA FIZ PARTE NEM CHEFIEI QUADRILHA

Mais uma vez, a decisão da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal em me condenar, agora por formação de quadrilha, mostra total desconsideração às provas contidas nos autos e que atestam minha inocência. Nunca fiz parte nem chefiei quadrilha.

Assim como ocorreu há duas semanas, repete-se a condenação com base em indícios, uma vez que apenas o corréu Roberto Jefferson sustenta a acusação contra mim em juízo. Todas as suspeitas lançadas à época da CPI dos Correios foram rebatidas de maneira robusta pela defesa, que fez registrar no processo centenas de depoimentos que desmentem as ilações de Jefferson.

Como mostra minha defesa, as reuniões na Casa Civil com representantes de bancos e empresários são compatíveis com a função de ministro e em momento algum, como atestam os testemunhos, foram o fórum para discutir empréstimos. Todos os depoimentos confirmam a legalidade dos encontros e também são uníssonos em comprovar que, até fevereiro de 2004, eu acumulava a função de ministro da articulação política. Portanto, por dever do ofício, me reunia com as lideranças parlamentares e partidárias para discutir exclusivamente temas de importância do governo tanto na Câmara quanto no Senado, além da relação com os estados e municípios.

Sem provas, o que o Ministério Público fez e a maioria do Supremo acatou foi recorrer às atribuições do cargo para me acusar e me condenar como mentor do esquema financeiro. Fui condenado por ser ministro.

Fica provado ainda que nunca tive qualquer relação com o senhor Marcos Valério. As quebras de meus sigilos fiscal, bancário e telefônico apontam que não há qualquer relação com o publicitário. 

Teorias e decisões que se curvam à sede por condenações, sem garantir a presunção da inocência ou a análise mais rigorosa das provas produzidas pela defesa, violam o Estado Democrático de Direito. 

O que está em jogo são as liberdades e garantias individuais. Temo que as premissas usadas neste julgamento, criando uma nova jurisprudência na Suprema Corte brasileira, sirvam de norte para a condenação de outros réus inocentes país afora. A minha geração, que lutou pela democracia e foi vítima dos tribunais de exceção, especialmente após o Ato Institucional número 5, sabe o valor da luta travada para se erguer os pilares da nossa atual democracia. Condenar sem provas não cabe em uma democracia soberana.

Vou continuar minha luta para provar minha inocência, mas sobretudo para assegurar que garantias tão valiosas ao Estado Democrático de Direito não se percam em nosso país. Os autos falam por si mesmo. Qualquer consulta às suas milhares de páginas, hoje ou amanhã, irá comprovar a inocência que me foi negada neste julgamento. 


São Paulo, 22 de outubro de 2012

José Dirceu


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