Haddad: Gráfica não foi capaz de zelar por segurança do Enem
16/11/2010 13:39, Redação, com ABr - de Brasília
Ao prestar esclarecimentos sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Senado, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) “pagou um preço muito caro por um crime cometido contra a instituição”.
– Não há que se falar em responsabilização criminal e civil de ninguém do Inep. Todas as hipóteses foram levantadas. O fato concreto é que uma das maiores gráficas do país não foi capaz de zelar pela segurança –, disse.
Ao tecer o comentário na Comissão de Educação, Haddad fez referências às falhas registradas este ano no cartão de respostas e nas questões do caderno amarelo e também ao vazamento de provas do Enem, identificado no ano passado. O ministro defendeu a punição de indivíduos envolvidos nos problemas, mas pediu que as instituições ligadas ao certame sejam preservadas.
O ministro cobrou que os indivíduos responsáveis pelas falhas registradas durante a aplicação do Enem sejam punidos, mas que as instituições responsáveis pelas provas sejam preservadas.
– Indivíduos vão e vêm. As instituições não se recuperam. Precisam ser preservadas. Precisam ser olhadas à luz de sua história e do compromisso com a sociedade brasileira –, disse, durante audiência no Senado.
– Estamos fazendo tudo o que nos cabe para superar essas questões pontuais ~, acrescentou.
Haddad lembrou que há 13 anos o Enem é promovido pelas mesmas instituições – o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável por todo o Exame, além do Cespe e da Cesgranrio, responsáveis pela elaboração e aplicação das provas, e os Correiros, que fica com a parte de distribuição.
Em relação às gráficas que imprimiram os cadernos, o ministro avaliou que existem, no país, somente duas empresas qualificadas para o Enem – as que foram contratadas no ano passado e este ano, respectivamente. Nenhuma instituição, de acordo com o ministro, está imune a falhas técnicas.
– Não podemos colocar a reputação dessas empresas em dúvida em razão de um equívoco. Essas instituições fizeram seu melhor e continuam preparadas para o desafio. Nas 13 edições do Enem, não houve uma única em que não tivéssemos que enfrentar um problema técnico dessa natureza. Sempre há uma solução cabível que não o cancelamento da prova –, destacou.
Para Haddad, é preciso superar a prática do vestibular tradicional, que obriga o aluno a pagar taxas de inscrição elevadas, a se deslocar pelo território nacional para fazer as provas e a usar sua nota especificamente para uma instituição.
– Estou convencido de que não há outro caminho a seguir, não há alternativa a não ser insistir, [mesmo] com todos os problemas a enfrentar –, afirmou.
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