Há um tempo circula por email uma ficha de Dilma Rousseff dos arquivos do DOPS da época da ditadura militar. A tal ficha foi publicada até pela Folha de S. Paulo no ano passado, porém esta ficha é FALSA, foi confeccionada em um computador qualquer, com recursos simplistas de um usuário iniciante de Photoshop.
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A blogosfera na época apontou o erro e acusou o jornal de ter publicado uma ficha falsa. A Folha refutou, dizendo que não poderia garantir que a ficha era verdadeira, mas tampouco comprovar que era falsa.
Após essa resposta absurda, foram enviados ao jornal dois laudos contratados junto a peritos da Universidade Nacional de Brasília (UnB) e Unicamp. A Folha insistiu que não poderia garantir que a ficha era falsa, por não ter o original para comparar – um contra-senso que, levado ao pé da letra, legitimaria qualquer falsificação.
Após essa resposta absurda, foram enviados ao jornal dois laudos contratados junto a peritos da Universidade Nacional de Brasília (UnB) e Unicamp. A Folha insistiu que não poderia garantir que a ficha era falsa, por não ter o original para comparar – um contra-senso que, levado ao pé da letra, legitimaria qualquer falsificação.
Aqui estão os laudos para comprovar que tal ficha de Dilma Rousseff que circula pela internet é FALSA.
O laudo da Unicamp é assinado por Siome K. Goldenstein e Anderson R. Rocha, do Instituto de Computação. Suas conclusões:
1. A imagem publicada na Folha Online não é a mesma publicada pelo jornal.
2. A imagem foi digitalmente fabricada. A foto foi recortada de uma outra fonte, o texto foi adicionado posteriormente de forma digital e é improvável que qualquer parte da ficha tenha sido escaneada do Arquivo Público de São Paulo – onde a ficha estaria depositada, segundo a Folha.
3. A moldura da ficha foi escaneada (copiada através de uma máquina scanner). Já a foto de Dilma foi colocada digitalmente. Na foto, os pixels (pontos que compõem a imagem) são exatamente iguais. A probabilidade de isso ocorrer em uma foto convencional é de 10 elevado a 30.000. Para efeito de comparação, a possibilidade de duas pessoas terem o mesmo DNA é de 10 elevado à 12ª potência.
4. As letras foram digitalmente acrescentadas.
O laudo da Unicamp é assinado por Siome K. Goldenstein e Anderson R. Rocha, do Instituto de Computação. Suas conclusões:
1. A imagem publicada na Folha Online não é a mesma publicada pelo jornal.
2. A imagem foi digitalmente fabricada. A foto foi recortada de uma outra fonte, o texto foi adicionado posteriormente de forma digital e é improvável que qualquer parte da ficha tenha sido escaneada do Arquivo Público de São Paulo – onde a ficha estaria depositada, segundo a Folha.
3. A moldura da ficha foi escaneada (copiada através de uma máquina scanner). Já a foto de Dilma foi colocada digitalmente. Na foto, os pixels (pontos que compõem a imagem) são exatamente iguais. A probabilidade de isso ocorrer em uma foto convencional é de 10 elevado a 30.000. Para efeito de comparação, a possibilidade de duas pessoas terem o mesmo DNA é de 10 elevado à 12ª potência.
4. As letras foram digitalmente acrescentadas.
O laudo da UnB é ainda tão definitivo quanto o da Unicamp:
1. O laudo analisou três sites que tinham a tal ficha. E se baseou naquele que tinha melhor resolução, o Viomundo. Na sua resposta, a Folha disse que o laudo se baseou na foto de um site que costuma criticar a imprensa – argumento tolo, já que o laudo concluía que as três fichas tinham a mesma procedência.
2. Comparou as impressões digitais da ficha original, do DOPS, com os da ficha falsa. Constatou que eram diferentes. A probabilidade de serem iguais era de zero.
3. Analisando as bordas da ficha, constatou que as duas dobras eram exatamente iguais, possivelmente usando o chamado efeito espelhado.
4. Foram utilizadas as fonte MS Sans Serif (do sistema operacional Windows) e Courier (BM). Em alguns casos, foram colocadas letras desalinhadas (como o S), mas também de forma digital, porque todas as letras S são idênticas.
E para que não haja qualquer dúvida, um terceiro laudo, publicado no blog do Luís Nassif:
1. O laudo analisou três sites que tinham a tal ficha. E se baseou naquele que tinha melhor resolução, o Viomundo. Na sua resposta, a Folha disse que o laudo se baseou na foto de um site que costuma criticar a imprensa – argumento tolo, já que o laudo concluía que as três fichas tinham a mesma procedência.
2. Comparou as impressões digitais da ficha original, do DOPS, com os da ficha falsa. Constatou que eram diferentes. A probabilidade de serem iguais era de zero.
3. Analisando as bordas da ficha, constatou que as duas dobras eram exatamente iguais, possivelmente usando o chamado efeito espelhado.
4. Foram utilizadas as fonte MS Sans Serif (do sistema operacional Windows) e Courier (BM). Em alguns casos, foram colocadas letras desalinhadas (como o S), mas também de forma digital, porque todas as letras S são idênticas.
E para que não haja qualquer dúvida, um terceiro laudo, publicado no blog do Luís Nassif:
[slideshare id=1650778&doc=fichadilma-090628092100-phpapp01&type=d]
Guarde este post para responder àqueles emails reacionários, mal intencionados ou de colegas que são apenas desinformados. Você pode também copiar e colar esta “ficha” que fizeram para o Zé Serra para provar que hoje em dia qualquer um pode criar factóides na internet.
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