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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

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Governo de SP distribui livro didático que indica site erótico

Livro de inglês entregue a 645 mil alunos tem site pornográfico como referência para estudos. Em dois anos, é o quinto caso de conteúdo inapropriado em material pedagógico da rede estadual.
Por Leandro Rodrigues, com informações de agências
Segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Para reforçar as aulas de inglês do ensino médio da rede estadual, o governo de São Paulo distribuiu livro didático que indica um site pornográfico como referência para aulas. Aproximadamente 645 mil alunos, na maioria com 15 anos, tiveram acesso ao material que foi entregue no ano passado e continua sendo utilizado em 2010.

O site em questão chama-se 
Naked News Anchors, em que supostas âncoras de um telejornal tiram as roupas até ficarem completamente nuas, na medida em que noticiam os fatos mais importantes do dia. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, o link direcionava para um portal que reunia notícias de jornais estrangeiros em inglês e apenas recentemente teria registrado esse desvio. O conteúdo é recomendado no livro para atividades de aprofundamento, como reescrever reportagens.

A coordenadora de estudos e normas pedagógicas da Secretaria, Valéria de Souza, afirmou que o material foi distribuído em mais de 4 mil escolas da rede pública estadual e o problema só foi detectado na semana passada. “A gente sempre checa o que vai ter ou não que mudar nos livros, quando eles vão ser reimpressos. A gente não imaginava que um site como esses [que remetia a jornais no exterior] pudesse ter mudado tanto”, explica a especialista.

Apesar de a Secretaria afirmar que bloqueou o acesso ao site em todos os colégios estaduais, os alunos podem ter visitado o site de através de outros locais, uma vez que levaram o livro para casa.

Problemas é reincidente

Não é a primeira vez que o governo estadual distribui aos alunos da rede pública livros didáticos com conteúdo inapropriado. Em 2008, o material apresentava sem nenhuma contextualização obras do artista plástico francês Jean-Baptiste Debret, em que negros são agredidos ou colocados em situação vexatória e de passividade.

Em 2009, a negligência com o conteúdo pedagógico estampou manchetes no noticiário internacional. Mais de 500 mil livros de geografia destinados a alunos da 6ª série traziam mapas da América do Sul com erros significantemente grotescos: havia dois Paraguais, ambos erroneamente localizados, o Uruguai não tinha acesso ao mar e o Equador simplesmente não existia. O jornal paraguaio La Nación noticiou o fato sob o título “Livro brasileiro confunde em mapa Paraguai com Uruguai”, enquanto o diário argentino Clarín descreveu o mapa como “surrealista”.

Ainda no ano passado, os livros do programa estadual Ler e Escrever foram classificados por especialistas como inadequados para a idade indicada. Destinada a reforçar a alfabetização das crianças do Ensino Fundamental do Ciclo I (primeira a quarta série), uma compilação de cartunistas trazia diversos palavrões de extremo baixo calão, expressões sexuais, racismo e referências à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

No início de 2010, um livro com um conto erótico distribuído a alunos do ensino médio gerou polêmica. A publicação “Os cem melhores contos brasileiros do século” apresenta o conto do escritor Ignácio de Loyola Brandão “Obscenidades para uma dona de casa”, que narra a história de uma mulher que recebe cartas de um desconhecido e conta com detalhes os atos sexuais cometidos pela personagem. Duas adolescentes de 17 anos afirmam terem sido submetidas a situações constrangedoras pelos colegas em sala de aula, devido a alguns trechos da obra.

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