Todo escritor tem certo receio quanto a esse assunto.

Moacyr Scliar

Escritor

Enquanto o mercado editorial discute como serão os negócios com a ampliação das vendas de leitores digitais como Kindle e iPad, o Brasil vive dois grandes eventos que movimentam os diversos setores envolvidos. 

No começo do mês de agosto a Flip, a Festa Literária de Paraty, e agora a 21ª Bienal Internacional do Livro, de São Paulo, reuniram editoras, livrarias, intelectuais e escritores de todo o mundo. A discussão nos dois eventos passa pelo mercado editorial, o futuro do livro impresso com o avanço do livro digital e os novos rumos da literatura.

O Roda Viva recebe o escritor Moacyr Scliar, formado em Medicina, e doutorado em Ciências, foi graças à proximidade com a vida acadêmica e a paixão pela medicina que levaram Moacyr Scliar ao seu primeiro livro. Não parou mais e hoje tem uma obra com mais de setenta livros entre contos, crônicas, romances e ensaios, que deram a ele vários prêmios e a cadeira número 31 da Academia Brasileira de Letras.

Participam como convidados entrevistadores: 
Ubiratan Brasil, subeditor do Caderno 2 do jornal O Estado de S. Paulo; Ignácio de Loyola Brandão, jornalista e escritor; Manuel da Costa Pinto, editor dos programas Entrelinhas e Letra Livre, da TV Cultura e Paulo Werneck, editor do caderno Ilustríssima do jornal Folha de S. Paulo.
Colaboradores:
Mona Dorf, jornalista e apresentadora doprograma Letras e Leitura da Rádio Eldorado (http://twitter.com/onadorf); Elisangela Roxo, jornalista (http://twitter.com/roxo); 
Jakelyne Lechinewski, fotógrafa (http://www.flickr.com/jaklechi), e Paulo Vinícius Ferreira, ator (http://twitter.com/vince_vinnus)
Apresentação: Heródoto Barbeiro

O Roda Viva é apresentado às segundas a partir das 22h00.
Você pode assistir on-line acessando o site no horário do programa.http://www2.tvcultura.com.br/rodaviva

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http://www2.tvcultura.com.br/rodaviva/comenteeparticipe.asp

Meu comentário

Como escritor, temo esse acontecimento. Pois apesar de ter participação em algumas obras já editadas, ainda não lancei meu primeiro livro. E temo que ao lançá-lo, se torne obsoleto ainda que  saiba que restarão pessoas como eu que não abdicaram da leitura habitual, sentindo o cheiro do papel, percebendo pelo tato a textura das páginas... a resoluta determinação de não se adiantar a olhar o final resistindo a essa natural tentação.

O que tenho certeza é que é inevitável tentar conter o progresso tecnológico nessa área. A internet me ajuda a mostrar meu trabalho de uma forma menos burocrática e bem mais barata ( o que agradeço). O problema seria então o retorno financeiro. O que me leva a pensar que a nova geração de escritores será mais apaixonada pela arte da literatura e menos preocupada com os lucros possíveis com ela.

Então que venham os digitais!

Marcelo Bancalero  ( Psikpoeta)