Chega a 67 o número de mortos pela passagem do furacão Sandy pelo Caribe. Somente no Haiti, foram 51 pessoas mortas.
As autoridades daquele país ainda tentam avaliar a dimensão dos danos causados nas áreas mais vulneráveis.
A situação do Haiti já estava frágil devido à passagem da tempestade tropical Isaac, em agosto.
As Bahamas da Ilha de Cuba também foram bastante afetadas. Até agora, muitos lugares ainda sofrem com os efeitos do chamado "rabo" da tormenta gigante.
Infelizmente, isso é o que acontece sempre!
Até aqui o que vemos é a confirmação do que nos trás o Blogueiro Alexandre.
Se você ligar a TV agora , não vai saber como estão as famílias caribenhas que sofreram com a devastação do furacão "Sandy"
As "grandes mídias", decidem o que você deve saber. E assim, dão apenas noticias que manipulam, ou lhes possam dar lucros.
É uma pena isso acontecer.
Parabéns Alexandre Haubrich do Jornalismo B, pela sacada inteligente e responsável da qual comungo.
O direcionamento de diversos setores sociais brasileiros – e latino-americanos, de modo geral – às práticas estadunidenses, ao american way of life, não é novidade para ninguém. Entre outros espaços, essa realidade neocolonial se reproduz na indústria cultural, onde está inserido o jornalismo em seu modelo atual, e se reproduz na economia – embora nos últimos 10 anos o Brasil tenha se afastado da dependência em que se mantinha frente ao comércio com os EUA.
Esses dois setores – indústria cultural / midiática e economia – são, a despeito de interesses sociais, nacionais e regionais, os regentes do tipo de jornalismo levado a cabo pelos conglomerados de comunicação, altamente vinculados a empresas multinacionais vindas do Norte e às representantes nacionais de um modelo econômico que faz a competição esmagar a solidariedade, reforçando a atuação dos países “em desenvolvimento” como capachos dos países ricos e novos imperialistas em suas relações com as nações pobres. Essa associação, como já dito, não é apenas econômica, mas também cultural.
É por tudo isso que a passagem do furacão Sandy pelo Caribe, onde atingiu Jamaica, Cuba, Bahamas e Haiti, tem pouco interesse para os conglomerados de comunicação. A informação não lhes diz respeito, apenas a venda de conteúdo. Os 69 mortos confirmados até agora na região caribenha em pouco ou nada dizem respeito a uma mídia que dá as costas à pobreza e aos países “periféricos” no jogo econômico e político mundial para voltar-se exclusiva e insistentemente aos centros capitalistas.
Os referidos países caribenhos, dentro de suas desesperadoras limitações estruturais, também tiveram sua etapa de preparação para enfrentar o furacão Sandy. Sobre isso, os sites dos dois principais jornais do Brasil – Folha de S. Paulo e Estadão – pouco ou nada falaram. Sobre os efeitos da passagem do furacão – 69 mortos, além da destruição – apenas referências rápidas, uma ou outra nota. Sandy ainda não chegou aos EUA. Mesmo assim a cobertura já é exaustiva desde que iniciou seu caminho do Caribe até a costa estadunidense.
Em uma busca pelos dois sites, encontramos 81 títulos no Estadão e 30 na Folha que se referem a “furacão” ou “Sandy”. Há ainda algumas outras matérias nas quais os títulos não contêm essas palavras mas se referem ao furacão, mas optamos por esse recorte. No Estadão, entre as 81 matérias, 66 (81,48%) referem-se aos EUA (sendo que o furacão ainda nem chegou por lá). Na Folha, o mesmo acontece com 24 matérias (80%). Influência clara e direta da mente e da prática colonizada.
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Estadão (de 24/10 a 29/10)
81 títulos com “furacão” ou “Sandy”
EUA – 66 (81,48%)
Caribe – 5
Cuba – 4
Jamaica – 2
Jamaica e Cuba – 1
Caribe e Cuba – 1
Caribe e Bahamas – 1
Caribe e EUA – 1
Folha (de 24/10 a 29/10)
30 títulos com “furacão” ou “Sandy”
EUA – 24 (80%)
EUA e Caribe – 2
Cuba – 2
Caribe – 1
Jamaica – 1
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* Coberturas interessantes sobre a passagem do furacão Sandy pelo Caribe, que não excluem uma cobertura atual sobre a situação nos EUA, estão, por exemplo, na TeleSur, no Opera Mundi, e no Cubadebate.
Abaixo alguma noticia que ainda aparece, antes dos EUA, serem a bola da vez das grandes mídias! (nota do editor)
Furacão Sandy deixa rastro de morte e destruição no Caribe
Atualizado em 26 de outubro, 2012 - 07:46 (Brasília) 09:46 GMT
No Haiti, o furacão Sandy causou enchentes e matou, pelo menos, nove pessoas.
Pelo menos 20 pessoas já foram mortas pelo furacão Sandy, sendo 11 em Cuba e 9 no Haiti.
No início desta sexta-feira, perdeu força e foi rebaixado para um furacão de categoria 1, que pode ter ventos de até 150 km/h.
Sandy desabrigou ainda milhares de pessoas no Caribe e causou apagões e enchentes em vários países.
No início desta sexta-feira, o furacão passa pelas Bahamas e segue para a costa leste dos Estados Unidos.
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