Xeque - Marcelo Bancalero
Infelizmente eu não consegui recursos para me locomover e assim ter participado deste importantíssimo debate. Sobre a influência da mídia no julgamento do tal do mensalão.
Os alunos da USP já haviam comprovado isso.
Neste momento crucial, onde já no fatídico dia 13, podem prender um de nossos companheiros inocentes nesta ação penal que não passou de um julgamento politico.
Se tivesse ido, teria feito alguns vídeo do que ocorreu por lá.
Uma pena essa mídia bandida e golpista receber do governo que ela ataca sem misericórdia...
E a gente que denúncia o golpe, ter de esmolar ajuda pra continuar na luta. E ainda ser chamado por babacas como Reinaldo Azevedo de Blogueiros pagos pelo PT.
E por mais que isso me entristeça, se não conseguir algum apoio, talvez terei de parar com o Blog por algum tempo infelizmente...
Mas enquanto ainda existe fôlego bora trabalhar!
Se tempo de vacas magras está difícil...
Pior seria caso fosse um tempo sem vacas nenhuma!
Leia;
Acrescentado às 18:08 hs
Especialistas debatem cobertura da mídia na AP 470
12 nov 2013/1 Comment/ Blog do Zé /Por Zé Dirceu
Jornalistas fizeram um importante o debate nesta segunda-feira sobre a cobertura da imprensa da AP 470. O encontro, “Mídia e Mensalão”, foi na Faculdade de Direito do Largo São Francisco.
O criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que a “a espetacularização do julgamento fez um desserviço à Justiça e ao Estado democrático de direito”.
“Não pode haver um julgamento de exceção pelo fato de estar na mídia. A tentativa de fazer valer, como argumento jurídico, a voz das ruas. Ouvir a voz das ruas para julgar processo penal é um atentado ao Estado de Direito”, acrescentou.
Em sua visão, as penas foram claramente influenciadas por essa visão. “Houve influência, sim. Eu não diria ‘o ministro tal mudou de posição’. Mas, no processo como um todo, alguns buscaram condenar.”
Kakay também se posicionou contra a transmissão de processos penais pela TV: ”A TV Justiça é um bem, dentro do princípio da transparência. Nas questões que exigem audiências públicas, [a transmissão] é extremamente importante. Mas, no processo criminal, eu entendo que é uma condenação acessória, sem previsão legal”.
Já o jornalista Marcelo Coelho, da Folha de S.Paulo, defendeu a transmissão ao vivo. Ele ponderou que o “massacre existiu muito antes do julgamento” e que “a transmissão pela televisão tornou claro, para quem estivesse assistindo e aos interessados, a voz dos advogados”.
Cobertura tendenciosa
midiadebate2O advogado José Luis Oliveira destacou a ausência de um jogo equilibrado na imprensa: “Ela foi parcial e tendenciosa, dando pouco espaço para a defesa”, afirmou, citando honrosas exceções que asseguraram o direito de defesa.
A jornalista Mônica Bergamo, da Folha, disse que um julgamento com réus de “grande relevo social, que causa comoção na sociedade, vai ter grande cobertura e, de cara, esta acaba sendo uma pena adicional, ainda que o réu seja absolvido no final”.
Para ela, quando a liberdade da imprensa de ser a favor de determinada condenação e o direito constitucional do cidadão a um julgamento justo colidem, dois direitos se chocam. Monica afirmou que a questão que deve ser central neste caso não é o espaço dado pela mídia ao julgamento, mas a tentativa de boa parte da imprensa de influenciá-lo em suas decisões.
Tratamentos diferenciados
O jornalista Bob Fernandes, do Terra e da TV Gazeta, analisou a situação da imprensa no país como um todo, apontando a capilaridade de influência de chefes políticos locais ou grandes empresários, donos do meio de comunicação. “Todos os países que têm democracia longevas têm organizações que cuidam do tamanho da indústria da comunicação. Isso não é defender a censura da mídia. Mas, em todos os lugares do planeta há um acompanhamento disso”.
Em relação ao julgamento, apontou que “não foi só o ‘mensalão’, é como a imprensa se comporta habitualmente”. Para Bob Fernandes, a questão não é ele ser coberto dessa forma, “mas porque os demais não são? E o caso dos trens do metro em São Paulo? Cadê a mesma intensidade nesta cobertura?” questionou.
O trabalho do repórter
O repórter Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, afirmou que dificilmente um juiz se deixa levar pela força da mídia. Lembrou que a mídia cobre investigações promovidas por órgãos públicos e que não pode esperar, porque precisa informar. “A mídia não está no bancos dos réus”, apontou, embora “muitas vezes, ela cometa equívocos”.
“Os veículos têm seu lado, sua opinião. Mas, no papel de repórter, devemos insistir e abrir espaço para a defesa. O repórter não vai condenar, ele não é o perseguidor. Tem de ser neutro e abrir espaço tanto para a acusação quanto para a defesa. O repórter pode cometer equívocos, mas não de má fé”, afirmou.
http://www.zedirceu.com.br/especialistas-questionam-cobertura-da-midia-na-ap-470/
Infelizmente eu não consegui recursos para me locomover e assim ter participado deste importantíssimo debate. Sobre a influência da mídia no julgamento do tal do mensalão.
Os alunos da USP já haviam comprovado isso.
Neste momento crucial, onde já no fatídico dia 13, podem prender um de nossos companheiros inocentes nesta ação penal que não passou de um julgamento politico.
Se tivesse ido, teria feito alguns vídeo do que ocorreu por lá.
Uma pena essa mídia bandida e golpista receber do governo que ela ataca sem misericórdia...
E a gente que denúncia o golpe, ter de esmolar ajuda pra continuar na luta. E ainda ser chamado por babacas como Reinaldo Azevedo de Blogueiros pagos pelo PT.
E por mais que isso me entristeça, se não conseguir algum apoio, talvez terei de parar com o Blog por algum tempo infelizmente...
Mas enquanto ainda existe fôlego bora trabalhar!
Se tempo de vacas magras está difícil...
Pior seria caso fosse um tempo sem vacas nenhuma!
Leia;
Acrescentado às 18:08 hs
Especialistas debatem cobertura da mídia na AP 470
12 nov 2013/1 Comment/ Blog do Zé /Por Zé Dirceu
Jornalistas fizeram um importante o debate nesta segunda-feira sobre a cobertura da imprensa da AP 470. O encontro, “Mídia e Mensalão”, foi na Faculdade de Direito do Largo São Francisco.
O criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que a “a espetacularização do julgamento fez um desserviço à Justiça e ao Estado democrático de direito”.
“Não pode haver um julgamento de exceção pelo fato de estar na mídia. A tentativa de fazer valer, como argumento jurídico, a voz das ruas. Ouvir a voz das ruas para julgar processo penal é um atentado ao Estado de Direito”, acrescentou.
Em sua visão, as penas foram claramente influenciadas por essa visão. “Houve influência, sim. Eu não diria ‘o ministro tal mudou de posição’. Mas, no processo como um todo, alguns buscaram condenar.”
Kakay também se posicionou contra a transmissão de processos penais pela TV: ”A TV Justiça é um bem, dentro do princípio da transparência. Nas questões que exigem audiências públicas, [a transmissão] é extremamente importante. Mas, no processo criminal, eu entendo que é uma condenação acessória, sem previsão legal”.
Já o jornalista Marcelo Coelho, da Folha de S.Paulo, defendeu a transmissão ao vivo. Ele ponderou que o “massacre existiu muito antes do julgamento” e que “a transmissão pela televisão tornou claro, para quem estivesse assistindo e aos interessados, a voz dos advogados”.
Cobertura tendenciosa
midiadebate2O advogado José Luis Oliveira destacou a ausência de um jogo equilibrado na imprensa: “Ela foi parcial e tendenciosa, dando pouco espaço para a defesa”, afirmou, citando honrosas exceções que asseguraram o direito de defesa.
A jornalista Mônica Bergamo, da Folha, disse que um julgamento com réus de “grande relevo social, que causa comoção na sociedade, vai ter grande cobertura e, de cara, esta acaba sendo uma pena adicional, ainda que o réu seja absolvido no final”.
Para ela, quando a liberdade da imprensa de ser a favor de determinada condenação e o direito constitucional do cidadão a um julgamento justo colidem, dois direitos se chocam. Monica afirmou que a questão que deve ser central neste caso não é o espaço dado pela mídia ao julgamento, mas a tentativa de boa parte da imprensa de influenciá-lo em suas decisões.
Tratamentos diferenciados
O jornalista Bob Fernandes, do Terra e da TV Gazeta, analisou a situação da imprensa no país como um todo, apontando a capilaridade de influência de chefes políticos locais ou grandes empresários, donos do meio de comunicação. “Todos os países que têm democracia longevas têm organizações que cuidam do tamanho da indústria da comunicação. Isso não é defender a censura da mídia. Mas, em todos os lugares do planeta há um acompanhamento disso”.
Em relação ao julgamento, apontou que “não foi só o ‘mensalão’, é como a imprensa se comporta habitualmente”. Para Bob Fernandes, a questão não é ele ser coberto dessa forma, “mas porque os demais não são? E o caso dos trens do metro em São Paulo? Cadê a mesma intensidade nesta cobertura?” questionou.
O trabalho do repórter
O repórter Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, afirmou que dificilmente um juiz se deixa levar pela força da mídia. Lembrou que a mídia cobre investigações promovidas por órgãos públicos e que não pode esperar, porque precisa informar. “A mídia não está no bancos dos réus”, apontou, embora “muitas vezes, ela cometa equívocos”.
“Os veículos têm seu lado, sua opinião. Mas, no papel de repórter, devemos insistir e abrir espaço para a defesa. O repórter não vai condenar, ele não é o perseguidor. Tem de ser neutro e abrir espaço tanto para a acusação quanto para a defesa. O repórter pode cometer equívocos, mas não de má fé”, afirmou.
http://www.zedirceu.com.br/especialistas-questionam-cobertura-da-midia-na-ap-470/
Papel da mídia é debatido em SP
SÃO PAULO, SP, 11 de novembro (Folhapress) - A intensa cobertura midiática do julgamento do mensalão influenciou na decisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)?
A questão foi o fio condutor de debate realizado hoje na Faculdade de Direito da USP, com a participação de jornalistas e advogados, entre os quais Jose Luis Oliveira Lima, que defende o ex-ministro José Dirceu, e a colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo.
Primeiro a falar, Lima citou dois episódios envolvendo ministros do STF para justificar sua "bipolaridade de opinião" sobre se a imprensa modificou votos durante o julgamento.
De início, ele lembrou uma declaração em 2007 do ministro Ricardo Lewandowski, de que muitos ministros votaram "com a faca no pescoço' pela abertura da ação penal 470.
Por outro lado, Lima citou o voto recente do ministro Celso de Mello, que desempatou a favor dos embargos infringentes, permitindo a alguns condenados apresentar mais um recurso. Na época, o magistrado disse ter tomado a decisão apesar da "brutal pressão midiática" para que ele recusasse o recurso.
O advogado de Dirceu disse que, determinante para o julgamento ou não, a imprensa fez, em geral, uma "cobertura parcial, tendenciosa, com pouco espaço para defesa", mas ressalvou diferenças entre os meios de comunicação.
Ele afirmou que a Folha de S.Paulo "foi o veículo mais equilibrado", mencionando a publicação de entrevistas com Dirceu e de artigos assinados pela defesa dos réus.
"Eu não me incomodo que um veículo tome partido, que assine um editorial e diga: "Entendemos que há necessidade de condenação". O que eu não concordo é com demagogia", disse Lima.
O advogado disse que a revista "Veja" ofereceu "espaço para a defesa", mas acabou resumindo de "50 a 200 páginas" de argumentação "num quadrinho menor do que este gravador " -e mostrou um aparelho de 5 cm por 10cm.
Falando na sequência, Bergamo afirmou que um julgamento tão importante como o do mensalão inevitavelmente provoca uma grande cobertura da imprensa. O debate, defendeu ela, deveria enfocar "a tentativa de boa parte da mídia de tentar influenciar no julgamento".
A jornalista mencionou a discussão em torno da "publicidade opressiva". "Qual é a solução quando entra em choque a liberdade que a imprensa tem de ter de criticar, fazer editorial, se posicionar, inclusive de ser a favor de uma condenação e, ao mesmo tempo, o direito constitucional que qualquer cidadão tem de um julgamento justo?"
Outro jornalista, Bob Fernandes (Terra Magazine) disse que o próprio nome do seminário promovido pela faculdade de direito da USP, "Mensalão e Mídia", mostra a influência da mídia no julgamento.
"A principal faculdade de direito do Brasil, há mais de um século, e o nome do seminário usa mensalão sem aspas e a cobertura da mídia, o que já dá a dimensão do senso comum do que nós vivemos nesse tempo todo."
Para o professor de direito penal da USP Renato Silveira, a influência da mídia nos julgadores aparentemente não foi decisiva.
"Queria-se que os juízes se dessem por suspeitos ou impedidos, mas não se deram; se queria que não houvesse aceitação dos embargos, mas os embargos se deram; se queria que o processo foi rápido, mas foi demorado", afirmou.
"O juiz pode, de alguma forma, ser influenciado por entes externos, mas em medida menor do que se imagina", disse Silveira
A questão foi o fio condutor de debate realizado hoje na Faculdade de Direito da USP, com a participação de jornalistas e advogados, entre os quais Jose Luis Oliveira Lima, que defende o ex-ministro José Dirceu, e a colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo.
Primeiro a falar, Lima citou dois episódios envolvendo ministros do STF para justificar sua "bipolaridade de opinião" sobre se a imprensa modificou votos durante o julgamento.
De início, ele lembrou uma declaração em 2007 do ministro Ricardo Lewandowski, de que muitos ministros votaram "com a faca no pescoço' pela abertura da ação penal 470.
Por outro lado, Lima citou o voto recente do ministro Celso de Mello, que desempatou a favor dos embargos infringentes, permitindo a alguns condenados apresentar mais um recurso. Na época, o magistrado disse ter tomado a decisão apesar da "brutal pressão midiática" para que ele recusasse o recurso.
O advogado de Dirceu disse que, determinante para o julgamento ou não, a imprensa fez, em geral, uma "cobertura parcial, tendenciosa, com pouco espaço para defesa", mas ressalvou diferenças entre os meios de comunicação.
Ele afirmou que a Folha de S.Paulo "foi o veículo mais equilibrado", mencionando a publicação de entrevistas com Dirceu e de artigos assinados pela defesa dos réus.
"Eu não me incomodo que um veículo tome partido, que assine um editorial e diga: "Entendemos que há necessidade de condenação". O que eu não concordo é com demagogia", disse Lima.
O advogado disse que a revista "Veja" ofereceu "espaço para a defesa", mas acabou resumindo de "50 a 200 páginas" de argumentação "num quadrinho menor do que este gravador " -e mostrou um aparelho de 5 cm por 10cm.
Falando na sequência, Bergamo afirmou que um julgamento tão importante como o do mensalão inevitavelmente provoca uma grande cobertura da imprensa. O debate, defendeu ela, deveria enfocar "a tentativa de boa parte da mídia de tentar influenciar no julgamento".
A jornalista mencionou a discussão em torno da "publicidade opressiva". "Qual é a solução quando entra em choque a liberdade que a imprensa tem de ter de criticar, fazer editorial, se posicionar, inclusive de ser a favor de uma condenação e, ao mesmo tempo, o direito constitucional que qualquer cidadão tem de um julgamento justo?"
Outro jornalista, Bob Fernandes (Terra Magazine) disse que o próprio nome do seminário promovido pela faculdade de direito da USP, "Mensalão e Mídia", mostra a influência da mídia no julgamento.
"A principal faculdade de direito do Brasil, há mais de um século, e o nome do seminário usa mensalão sem aspas e a cobertura da mídia, o que já dá a dimensão do senso comum do que nós vivemos nesse tempo todo."
Para o professor de direito penal da USP Renato Silveira, a influência da mídia nos julgadores aparentemente não foi decisiva.
"Queria-se que os juízes se dessem por suspeitos ou impedidos, mas não se deram; se queria que não houvesse aceitação dos embargos, mas os embargos se deram; se queria que o processo foi rápido, mas foi demorado", afirmou.
"O juiz pode, de alguma forma, ser influenciado por entes externos, mas em medida menor do que se imagina", disse Silveira
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