No dia 30 de maio de 2004 um certo votorantinense partiu, exatamente um mês antes de seu aniversário.
Terminando sua missão por aqui, deixou família, amigos e clientes com saudades de seu sorriso.
Era Mário Alberto Paes de Oliveira.
Mais conhecido na cidade como Peninha!
Mário, era uma personalidade conhecida em Votorantim.
Foi presidente do Rotary na gestão 87/88
Eclético de uma sabedoria inigualável, conhecedor e apreciador de músicas e interpretes da MPB e internacionais. Alguns nomes passei a apreciar apenas depois de ter conhecido o Peninha.
Devido sua flexibilidade podia conversar com o Clôde um anão que era como patrimônio do bar, pessoa simples e muito amigo do Mário, ou com Euclides um agente da secretaria da Fazenda em São Paulo, cliente e amigo, da mesma maneira sem pestanejar e tratando a ambos como iguais.
Uma das coisas que nunca vou esquecer, que aprendi com ele, era a cada dia descobrir o significado de uma nova palavra no dicionário. Hoje devo muitas das palavras em meu repertório como escritor ao Mário.
O Bar e Lanches Peninha não era um bar apenas, era um ponto de encontro de amigos.
Conheci o Peninha em 1997, e de primeira fui contagiado por uma amizade que se estenderia por muitos anos.
Na vida temos vários encontros, muitos caminhos que se cruzam. Mas conhecer o Mário e ser agraciado com sua amizade ficou marcado na minha memória determinando um memorial daqueles que a gente nunca mais esquece.
Peninha era um amigo de personalidade autêntica, você sabia se ele estava de boa, ou mau humorado ao entrar no seu bar. Ele não fingia estar bem se não estivesse, e a relação de amizade que ele estabelecia, permitia a ele ser sincero em suas emoções. Mas também ele sabia fazer uma boa leitura das emoções de seus amigos, e sempre que chegava com o semblante diferente, ele puxava a conversa e já se colocava como amigo e terapeuta de bar. Foram muitas as análises que fiz no balcão/divã do meu amigo Peninha.
Uma vez, estava desempregado e como o Peninha não deixava de me vender fiado por causa da nossa amizade eu me afastei para que a conta não ficasse muito alta. Quando comecei a trabalhar e fui pagar o que devia, ele antes de pegar o dinheiro, me pediu para passar para o lado de dentro do balcão, e disse; "O que você me deve é um abraço", e logo me deu um grande abraço e um beijo na face me fazendo chorar naquele dia.
Assim era o Peninha!
A amizade com o Peninha era tão forte, que ambos eramos pré-candidatos em 2004 a vereador, e o meu amigo deixou de ser candidato para não concorrer comigo.
Quando meu amigo terminou sua missão aqui, eu fiquei muito triste.
A avenida 31 de Março em Votorantim nunca mais seria a mesma sem o Peninha.
Segurando a alça do seu caixão enquanto levávamos seu corpo para o descanso, a única lembrança que me vinha à mente era o grande sorriso do meu amigo Mário Alberto Paes de Oliveira
O nosso sempre amigo Peninha!
Agradeço sua esposa e filho que ao remodelarem o Bar do Peninha, e darem nova vida a ele, mantém à salvo a memória histórica de uma das personalidades mais importantes para mim, familiares, clientes e amigos de Votorantim
Tenho certeza absoluta que o Peninha está muito orgulhoso de seu filho, que vai ter muito sucesso com o novo Bar e Lanches Peninha.
Saudades querido e eterno corintiano Peninha!
PENINHA
Poderia haver alguém que marcasse tanto nossas vidas?
Este amigo é nosso querido Mário Alberto Paes de Oliveira
Nenhum bar em Votorantim misturou amizades e negócios
Intensificando assim as relações de clientes e dono de bar
Não conheço outro como você meu amigo Peninha
Honrado amigo de todas as horas que tanta falta nos faz
Aceite a homenagem deste velho poeta que aprendeu a te amar
Marcelo Bancalero
Abaixo um vídeo com mais homenagens ao amigo Peninha
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