Magazine do Xeque-Mate

domingo, 15 de agosto de 2010

Assistência Psicológica em Medicina Fetal

Durante a gravidez muitos medos podem se fazer presente na vida de um casal, um deles é o medo de que ocorra alguma mal formação no bebê.

E quando isso acontece, o que fazer? A quem recorrer neste momento tão difícil? Como enfrentar a “perda” de um sonho tão esperado?

Muitos sentimentos, fantasias e sintomas tomam conta do casal quando recebe um diagnóstico de anomalia fetal, sentimentos como: Medo; Angustia; Ansiedade; Regressão; Culpa; Isolamento Progressivo e Projeção são constantes.

Quando diagnosticado a presença de anomalia fetal a gestante terá que enfrentar a mudança no rumo da vida, para isso é necessário um tempo para a reorganização, para sair do estado de choque, para poder refletir sobre os sentimentos e então partir para uma tomada de decisão consciente sobre a interrupção ou não da gestação no caso de inviabilidade extra- uterina.

Diante de tal diagnóstico as primeiras reações vivenciadas pelo casal são:
• Choque
• Negação
• Revolta
• Aceitação
• Elaboração do Luto
• Desligamento do bebê imaginário
• Aproximação do bebê real
• Reestruturação da vida

É importante destacar que quanto maior for a rigidez e resistência ás mudanças, maior será o sofrimento psíquico e a dificuldade de adaptação.

Geralmente os homens optam pela interrupção da gestação com maior freqüência do que as mulheres, estes também vivenciam um sentimento de impotência por acreditar que não foi “forte” o suficiente para proteger a sua família.

No caso das mulheres as reações diferem segundo a personalidade de cada uma.
Mulheres narcisistas optam pela interrupção da gestação sem passarem por dificuldades e sem apresentarem transtornos psicológicos, as Hipocondríacas, vêem a anomalia fetal se transformar simbolicamente em segurança, como se o feto se tornasse a sua doença e no caso de mulheres com transtorno Psicótico a tomada de decisão autônoma fica prejudicada.

O trabalho de assistência psicológica (Pré Natal Psicológico) segue um protocolo de atendimento com adaptações a essa população, apresentando algumas particularidades para casais que optam pela manutenção ou interrupção da gestação.
Este trabalho deve abordar questões como A relação pai-mãe-bebê, as expectativas do casal, seus medos e dificuldades durante o enfrentamento deste processo.

O atendimento se dá através de entrevista psicológica, Psicoterapia de Apoio, psicoterapia Breve e um acompanhamento do casal até o terceiro mês após o parto.

“Um casal bem assistido, ao concluir seu processo, é capaz de questionar e reorganizar os seus valores, reestruturar a relação conjugal, rever sua postura no mundo, fortalecer-se egoicamente e exibir um equilíbrio emocional estável” (Bortoletti, da Silva & Tirado apud Bortoletti & cols,2007)


Xeque do Marcelo Bancalero


Isso é muito importante e necessário.
A Psicologia deve deixar de ser entendida como uma ferramenta de uso para “loucos”.
Ela é fundamental para o dia a dia de todos nós e não apenas aos que possuem algum problema Psicopatológico em si.
Hoje, a Psicologia ajuda muitas pessoas a encontrar sentido para os seus sofrimentos. Deveria ser olhada com mais carinho pelas autoridades da política principalmente da saúde. Pois todos deveriam ter acesso aos seus benefícios. Esse é meu Xeque na situação. Eu defendo aqui, a implementação de políticas onde a Psicologia esteja presente nas escolas publicas, postos de saúde. E programas como o apresentado no artigo do autor Pedro Nascimento aqui, sejam ofertados pelo Governo nas suas políticas de Saúde.
Deixe aqui seu comentário e vamos juntos dar um Xeque-Mate nessa situação.

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