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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Quantos Gushikens ainda devem morrer para o PT sair da zona mortal de conforto? Celso de Mello é a última tentativa de legitimar o enforcamento

Xeque - Marcelo Bancalero

A verdade é dura, mas só a verdade é que pode nos libertar...
Já dizia um grande mestre a mais de 2000 anos atrás.

O amigo Luis Nassif que acompanho desde 2010, mais uma vez sobressai em um artigo com a verdade!

Confiar em Celso de Mello é seria uma tremenda infantilidade de nossa parte. Basta lembrar do voto de Gilmar Dantas Mendes, que  num golpe baixíssimo para tentar pressionar o decano, citou o voto deste na acusação do crime de quadrilha.... Como o decano, foi tão enfático em afirmar que essa "quadrilha existiu", como o foi ao defender os infringentes. 
Como Nassif bem concluiu em seu artigo, será uma vitória de Pirro a aceitação dos embargos infringentes.  Pois Celso de Melloo voltará como carrasco novamente no novo julgamento.
E depois, como eu já disse aqui...
O estigma de mensaleiros, quadrilheiros que já funcionam no imaginário popular como pensamentos automáticos...
Tudo o que se precisa para fixá-los na história é uma foto dos líderes petistas algemados, seja agora ou mais tarde. E mesmo que se diminuam as penas, o estrago já está feito.

Não existe remédio, a não ser a anulação desse julgamento!
Mas assim que se decidirem os infringentes,, a PGR deve pedir a prisão dos demais que não cabem este recurso.
Assim, irão prender outro petista, Henrique Pizzolato...
O único que tem provas que poderiam anular este mentirão.
Mas para isso acontecer seria necessário que os petistas compreendam uma coisa... Parem de comemorar a barganha por penas menores e salvem a história do partido... Indo às ruas, exigindo a anulação deste julgamento politico.

Não precisamos ter medo de  nada... Somos 40 % dos eleitores da Dilma, e  não precisamos de mais mártires para vencer em 2014.
Não podemos aceitar que quem tem mais o poder  da palavra, de movimentar as pessoas com seus discursos se cale, e não saia em defesa dos companheiros injustiçados nes ação penal.

Quantos Gushikens ainda tem de morrer para que o PT saia dessa zona mortal de conforto?
So o PT, Lula, Dilma, a cúpula petista não der as ordens para que o povo vá às ruas com suas bandeiras, vestindo a camisa vermelha, com um grito por liberdade e uma estrela brilhando no peito... Será inevitável essa mancha no legado que  tem mudado o Brasil.
O PT precisa voltar para as rua e a hora é agora!
A mídia, oposição e até ministro do STF estão utilizando a força das ruas que sempre foram nossa arma principal...
Se permitirem que Pizzolato seja preso, e que os demais "apenas" barganhem por penas menores, estarão condenado o partido, condenando a nação que pode perder muito com o que se seguirá depois.
Ciomo disse o comp@ ALexandre do Megacidadania;
"Todo militante que já conhece os ERROS do STF na AP 470 tem o dever de consciência de exigir de seu partido que torne pública a indignação com os absurdos travestidos de legalidade que estão sendo consumados neste julgamento de exceção."
Se o trânsito e julgado se der com qualquer tipo de pena, estaremos aceitando que existiu o mensalão, e em seguida o ataque se dará em quem  sempre foi o alvo principal...
Lula!
Dilma!
O Partido dos Trabalhadores!

Você vai permitir isso?
Eu não!
Vou gritar até arranhar minha garganta...
#PresosPoliticosNuncaMais 
Leia o excelente artigo de Luis Nassif;

Celso de Mello é a última tentativa de legitimar o enforcamento

Não se iludam com Celso de Mello.
Suas atitudes mais prováveis serão:
1.     Votar pela aceitação dos embargos de infringência.
2.     No segundo julgamento, ser o mais severo dos julgadores, fortalecido pelo voto anterior.
A aceitação dos embargos será uma vitória de Pirro.
O resultado mais provável da AP 470 será um segundo julgamento rápido, em torno da tipificação  do crime de formação de quadrilha. Poderá resultar em condenações um pouco menores, mas não o suficiente para livrar os condenados da prisão.
Com isso, se dará um mínimo de legitimidade às condenações.
Celso de Mello é um garantista circunstancial, apenas a última tentativa de legitimar um poder que perdeu o rumo.

A deslegitimação do STF

Para entender melhor o jogo.
No primeiro julgamento, devido à atuação do grupo dos 5 – Gilmar Mendes, Luiz Fux, Ayres Britto, Joaquim Barbosa e o próprio Celso – o STF foi alvo de críticas generalizadas – embora veladas – do meio jurídico. Não há jurista ou advogado, estudante de direito ou doutor sério deste país que não tenha entendido o julgamento como o exercício abusivo do poder discricionário.
Apenas uma coisa diferencia Celso de Mello de seus pares.  
Este tentou preservar o mínimo apreço pela liturgia do cargo. Os demais perderam o pudor, exercem a politicagem mais malandra, típica das assembleias político-estudantis  – como adiar o julgamento para permitir pressão da mídia sobre o voto de desempate de Celso – sem nenhuma estratégia de imagem. Querem exercer o poder plena e abusivamente. Não pensam na história, nem sequer na legitimação das sentenças, mas no gozo imediato do poder.
Lembram – em muito – os burgueses da revolução industrial, os texanos barões de petróleo invadindo a Europa, pisando no Louvre de botas, agindo sem nenhum apreço pela liturgia do cargo.
Mal comparando, Celso é o juiz do leste que ouve todos os réus, trata civilizada, mas severamente, as partes e, cumprindo os rituais, manda todos para a forca, com carrasco oficial seguindo o cerimonial.
 Os demais se assemelham ao juiz do velho oeste, de barriga de fora, em um saloon improvisado de sala de julgamento, que interrompe o julgamento no meio, para não perder tempo, e manda enforcar os acusados na árvore mesmo.
São tão truculentos e primários que seguem a truculência primária da mídia, não cedendo em nenhum ponto, pretendendo o aniquilamento total, o extermínio, a vitória em todos os quadrantes, mesmo nas questões menos decisivas.
Tivessem um mínimo de esperteza, aceitariam os embargos, atrasariam por algumas semanas o final do julgamento, e profeririam as mesmas sentenças duras mas, agora, legitimadas pela aceitação dos embargos.
Mas são muito primários e arrogantes. 

A deslegitimação do padrão Murdoch

Essa é a perna mais fraca da estratégia de Rupert Murdoch e de sua repetição pelo Truste da Mídia (e pelo cinco do STF), quando decidiu conquistar o espaço político para enfrentar os verdadeiros inimigos – redes sociais – que surgiram no mercado.
A estratégia demandava insuflar a classe média, ainda seguidora da mídia, com os mesmos recursos que marcaram grandes e tristes momentos da história, como o macarthismo, o nazi-fascismo europeu dos anos 20 e 30, a Klu Klux Klan nos anos 60.
Essa estratégia exige uma linguagem virulenta, que bata no intestino do público, e pregadores alucinados, que espalhem o ódio. Qualquer espécie de juízo – isto é, da capacidade de separar vícios e virtudes – compromete a estratégia, porque ela se funda na dramaturgia, no maniqueísmo mais primário, na personificação do mal, na luta de extermínio, no pavor de qualquer mudança no status quo.
Não há espaço para nenhuma forma de grandeza, respeito ao adversário caído, pequenas pausas de dignidade que permitissem dar um mínimo de conforto aos seguidores de melhor nível.
Por isso mesmo, nenhuma personalidade de peso ousou aderir a esse novo mercado que se abria. E ele passou a ser ocupado pelos aventureiros catárticos, despejando impropérios, arrotando poder, mostrando os músculos, ameaçando com o fogo do inferno, todos vergando o mesmo figurino de um Joseph McCarthy e outros personagens que foram jogados no lixo da história.
Guardadas as devidas proporções, foi essa divisão que se viu no Supremo.

A recuperação dos rituais

O universo jurídico ainda é o mais conservador do país, o mais refratário às mudanças políticas e sociais, aos novos atores que surgem na cena pública. Certamente apoiaria maciçamente a condenação dos réus.
Mas o que viam no julgamento?
Do lado dos acusadores, Ministros sem nenhum apreço pela Justiça e pelos rituais, exercitando a agressividade mais tosca (Gilmar), o autoritarismo e deslumbramento mais provinciano (Joaquim), a malandragem mais ostensiva (Fux), a mediocridade fulgurante (Ayres Britto) a hipocrisia sem retoques (Marco Aurélio).






Do lado contrário, a dignidade de Ricardo Lewandowski, um seguidor das tradições das Arcadas, percorrendo o roteiro que todo juiz admira, mas poucos se arriscam a trilhar: o julgador solitário, enfrentando o mundo, se for o caso, em defesa de suas convicções.
Aí se deu o nó.
Por mais que desejassem a condenação dos “mensaleiros”, para a maior parte dos operadores de direito houve enorme desconforto de se ver na companhia de um Joaquim, um Gilmar, um Ayres Brito e do lado oposto  de Lewandowski.
Pelo menos no meio jurídico paulista, ocorreu o que não se imaginava: assim como os petistas são “outsiders” do universo político, os quatro do Supremo tornaram-se “outsiders” do universo jurídico. E Lewandowski, achincalhado nas ruas, virou – com justiça – alvo da admiração jurídica. Além de ser um autêntico filho das Arcadas.
É aí que surge Celso de Mello para devolver a solenidade, remontar os cacos da dignidade perdida da corte, promover a degola dos condenados mas sem atropelar os rituais,
Ele não é melhor que seus companheiros. Apenas sabe usar adequadamente os talheres, no grande festim que levará os condenados à forca.


Esses poder de discurso deve ser usado para que o povo saia em defesa do partido que mudou o Brasil

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