Xeque - Marcelo Bancalero
Prestem atenção no artigo de Felipe Araújo.
Se ler deixando de lado os pensamentos mecânicos incutidos pela mídia golpista em sua cabeça...
Poderá saborear preciosas palavras, e quem sabe...
Experimentar a oportunidade de tirar suas próprias conclusões na questão desse tal de mensalão!
Leia;
Prestem atenção no artigo de Felipe Araújo.
Se ler deixando de lado os pensamentos mecânicos incutidos pela mídia golpista em sua cabeça...
Poderá saborear preciosas palavras, e quem sabe...
Experimentar a oportunidade de tirar suas próprias conclusões na questão desse tal de mensalão!
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Mais uma vítima do "mensalão": o jornalismo
ARTIGO 10/06/2013
A cobertura do julgamento da Ação Penal 470, chamada genericamente de “mensalão”, fez ecoar na imprensa, 60 anos depois, brados conservadores ao melhor estilo do udenismo de Carlos Lacerda. É célebre, por exemplo, a frase do então deputado segundo a qual “o senhor Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à Presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar”. Pois o que se viu ao longo dos cinco anos da cobertura do processo – desde o recebimento, pelo STF, da denúncia do procurador Antônio Fernando de Souza em 2007 – foi, com raras exceções, justamente esse espírito lacerdista.
Se a denúncia chegar ao STF, deverá ser recebida. Recebida, deverá a todo custo tramitar de forma célere. Em tramitação, deverá resultar inexoravelmente em condenações. Esse foi o mantra recitado em uníssono por grandes jornais, telejornais e revistas de circulação nacional. Independente de quaisquer inconsistências do rito, inclusive das disparidades entre as acusações e as provas obtidas.
“Antes de ser a Ação Penal 470, o chamado mensalão já estava sob uma ação penal. Executada na imprensa, na TV, nas revistas e no rádio. Uma ação que mal começara e já chegava à condenação de determinados réus. Não participar dessa ação penal antecipada deveria ser o normal para todos os jornalistas. Não foi”, escreve Jânio de Freitas no prefácio de A outra história do mensalão – as contradições de um julgamento político, livro do jornalista Paulo Moreira Leite lançado há pouco pela Geração Editorial.
Resultado da compilação de textos publicados desde 2005, o livro é um exercício de jornalismo extremamente valioso. Não isenta malfeitores, mas também não cai nas facilidades persecutórias de praxe. Moreira enfrenta corajosa e demolidoramente o pensamento de “manada” e restitui a consciência crítica ao debate público – função, talvez, a mais primordial do jornalismo.
Felipe Araújo
felipearaujo@opovo.com.br
Editor-chefe do Núcleo de Cultura e Entreteni-mento do
Editor-chefe do Núcleo de Cultura e Entreteni-mento do
O POVO
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