Magazine do Xeque-Mate

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Teorias da conspiração à parte... Mas sobre a crise econômica Mundial, me vem um cheiro de vingança no ar. Parece que essa novela eu já assisti!

Xeque - Marcelo Bancalero

Em 2010 o FMI diz que Dilma iria governar a sétima economia mundial... (lembra disso? http://goo.gl/f5FoF1 ) 
E logo em seguida o empréstimo de dinheiro para  a Grécia   ( Relembre http://goo.gl/R3cuQK )
O FMI que sempre  teve o Brasil nas mãos, teve de vir comer nas mão do Lula, isso depois de ter de engolir o orgulho e aceitar dinheiro emprestado do Lula no início do Projeto de poder do PT, (distribuição de poder aos pobres relembre  http://goo.gl/6aW6oL ).
Agora a crise econômica mundial, do qual o Brasil conseguiu se desvencilhar por anos, fazendo oposição e economistas no mundo todo quebrarem a cara, esperando ela atingir o Brasil...
Mas enfim, depois de adiarmos isso, ela enfim nos atingiu... E o terreno  foi preparado para isso pela crise politica instaurada pelos traidores da pátria.;;;
E agora essa crise no mundo tem apenas uma solução!
E depende do FMI.
Mas este não quer ajudar.
É por que a crise maior se dá por conta da China, e o FMI não aceita a moeda chinesa o yuan...
Oras, teorias da conspiração à parte...
Mas me vem um cheiro de vingança no ar.
Se você ler  o artigo do Vermelho, talvez consiga entender minhas preocupações.
E no terceiro artigo, veremos a corajosa China tentando com o que tem resolver a questão.
A pergunta que não quer calar é a seguinte...
Percebem que a crise econômica mundial, da qual o Brasil é vitima, está acontecendo devido a retaliações  nos países do Brics?
Não parece um meio para um fim?
Uma maneira de atingir o Brasil!
E ainda sair com ares de bom moço, defendendo a permanência de Dilma? Veja aqui para entender https://youtu.be/0wVFZRyAMr0
Não sei não mas acho que essa novela eu já assisti em 2009 quando estavam com medo do sucessor de Lula vencer...
Agora só mudou de canal e com outros atores.
Na época inventaram o Mentirão ( http://goo.gl/e4ia4A ) e hoje é a hora do Petrolão ( http://goo.gl/rMH2i8 ) , ainda que nesta última invenção , tiveram de por em risco alguns peões  para tentar pegar o rei. 
É  isso...
Vamos pensar um pouco?
Leia os artigos, assista aos vídeos e siga os links  anexos para  refletir melhor;
Rejeição do FMI ao yuan pode ampliar resistência da China a reformas

Por 
MARK MAGNIER, de Pequim
Sexta-Feira, 21 de Agosto de 2015 00:05 EDT
O apoio político para a reforma econômica na China, já enfraquecido pelo espectro da desaceleração econômica, pode ser ainda mais prejudicado pela indicação do Fundo Monetário Internacional esta semana que não incluirá o yuan na cesta internacional de moedas de reserva por pelo menos um ano.
A informação do FMI, que parece adiar a recompensa que a China esperava por seu alinhamento pró-mercado, segue a decisão tomada em junho pela provedora de índices MSCI Inc. de não incluir as ações da China em um índice de ações globais. A medida sinaliza dúvidas sobre se Pequim já fez o suficiente para afrouxar o controle do governo e abrir seu vasto mercado financeiro para o resto do mundo.
A China, de sua parte, cada vez mais acredita que uma integração mais profunda com os mercados globais seja problemática, dizem analistas. Os esforços de Pequim para estabilizar os mercados de ações e de câmbio do país nas últimas semanas, dizem eles, sugerem que os legisladores querem fazer um afrouxamento gradual e estão menos predispostos a ceder a pressões internacionais.
“O foco do governo no curto prazo está em manter o crescimento em um nível razoável e controlar os riscos”, disse um conselheiro econômico da liderança chinesa.
Com a fraca demanda doméstica, os setores imobiliário e de exportação lentos, o crescimento na segunda maior economia mundial em 2015 deve ser o menor em 25 anos.
Considerando suas recentes medidas favorecendo a estabilidade ante a reforma, os líderes da China chegaram à conclusão de que a inclusão do yuan entre as moedas com direitos de saque especiais do FMI como cada vez mais improvável, dizem pessoas próximas ao governo.
A China tem se beneficiado de vínculos comerciais mais abertos durante sua ascensão de mais de três décadas que a tirou da miséria. Mas o Partido Comunista permanece cauteloso com a força e a volatilidade dos mercados globais e do seu potencial para fomentar a instabilidade social.
“Depois de muitos anos sentindo nós próprios essas águas e observando a crise de subprime dos EUA e os problemas na Grécia, há uma percepção de que não há uma definição exata sobre o que é uma economia de mercado”, diz Zha Daojiong, professor de economia da Universidade Peking. “Dada a recente experiência com o mercado acionário de Xangai e Shenzhen, há um sentimento crescente de que precisamos ser cautelosos na reforma de mercado.”
Um forte sinal de para onde a China pretende direcionar sua economia é esperado para outubro, com o rascunho inicial do próximo plano de cinco anos do governo, que deve ser aprovado na reunião anual do legislativo em março.
Em muitos casos, Pequim procurou ajustar-se à ordem internacional em vez de adaptar-se a ela, como na criação de seu próprio banco de desenvolvimento e forçando acordos cambiais bilaterais com parceiros comerciais em vez de trabalhar através de grupos multinacionais.
“Há uma relutância entre alguns em aceitar um conjunto de regras definidas pelo sistema econômico e político global, e este grupo quer reformular as regras internacionais mais a seu favor”, diz o economista Andrew Polk, do Conference Board. Em vez de se preocupar com o FMI, diz ele, este grupo irá “garantir, pressionando aqueles na América Latina e na Ásia que compram exportações [chinesas], que eles terão o yuan em seus balanços”.
Yu Yongding, economista da Academia Chinesa de Ciências Sociais e um ex-membro do comitê de política monetária do banco central, minimizou a significância econômica de incluir o yuan — também conhecido como renminbi, ou RMB — nos direitos de saque especiais do FMI, conhecidos como SDR, da sigla em inglês.
“Não acho que a China deva prestar muita atenção ao problema se e como o yuan pode ser incluído nos SDRs”, diz ele. “É estúpido.”
O principal indicador do mercado de ações doméstico da China caiu cerca de 30% desde meados de junho. Como consequência, o governo impediu grandes acionistas de vender, incentivou empresas do governo a comprar, suspendeu novas ofertas de ações e enviou a polícia atrás de vendedores “mal-intencionados”. Ontem, depois da decisão do FMI, o Índice Xangai Composto caiu 3,4%.
A China também espera a decisão dos grandes mercados do comércio global se ela ganhará o status de economia de mercado na Organização Mundial de Comércio, que a China busca desde que se uniu à entidade em 2001. A mudança dificultaria a cobrança de altas tarifas sobre produtos chineses.
Como a maioria dos países, a China não é monolítica, e muitos grupos de interesse — mais especificamente no banco central — favorecem mais as reformas econômicas, dizem analistas e autoridades.
Na semana passada, o Banco Popular da China divulgou um novo sistema que visa tornar o valor do yuan mais baseado no valor do mercado apesar de ter realizado uma intervenção para reduzir a desvalorização da moeda.
“A moeda estava supervalorizada, então o novo sistema é bom”, diz Xing Yuqing, professor de pesquisa da Universidade Nacional de Cingapura e ex-consultor do Banco de Desenvolvimento Asiático. “Mas quanto a liberalização da conta corrente, aposto que será adiada pelo governo. Quando você vê como eles lidam com o mercado acionário, eles não têm a habilidade de operar com volatilidade.”
Parte do problema que a China enfrenta nesse estágio da liberalização é a tensão crescente entre um sistema liderado pelo Estado que por décadas alocou capital de forma errada e novas áreas da economia que estão cada vez mais vinculadas ao mercado, segundo analistas. Se o dinheiro entra no país rápido demais, isso pode prejudicar a capacidade do sistema de lidar com ele, dizem eles.
“É um cenário muito conflitante”, diz Fraser Howie, um dos autores de “Red Capitalism: The Fragile Financial Foundation of China’s Extraordinary Rise” (Capitalismo vermelho: a frágil fundação financeira do extraordinário crescimento da China, em tradução livre). “Mas nunca existe uma hora certa para reformas. Se não envolver o mercado, não solucionará os desequilíbrios e pode terminar como o Japão, com uma recessão duradoura e nunca se recuperando verdadeiramente.”
Ontem, as opiniões nas redes sociais chinesas pareciam estar duas vezes mais contra a decisão do FMI. “O FMI não pode ser confiável. Ele é apenas uma marionete dos Estados Unidos”, escreveu o portal de notícias iFeng.com, em um comentário que recebeu mais de 900 curtidas.
(Colaboraram Lingling Wei e William Kazer.) 

A convergência das crises econômica e geopolítica do capitalismo

A radicalização da luta de classes e dos conflitos internacionais é a marca mais saliente do momento histórico que vivemos. Transparece na guerra civil da Ucrânia, por trás da qual há uma guerra ainda fria entre EUA e Rússia; nas lutas sociais e políticas que sacodem a Europa; nas tensões no Mar da China; nos conflitos instigados pelo imperialismo no Oriente Médio e também na ofensiva das forças conservadoras na Venezuela, no Brasil e na Argentina.

Por Umberto Martins


 

O pano de fundo deste fenômeno é a crise mundial do capitalismo, que a meu ver tem dois aspectos fundamentais, diferentes, mas profundamente entrelaçados. Primeiro, embora não por ordem de importância, vem a crise econômica, iniciada no final de 2007 (quando a recessão teve ingresso nos EUA) e que se arrasta, com altos e baixos, até o presente, afetando hoje principalmente países como Rússia, Brasil, Venezuela e Argentina.



Interligada às perturbações econômicas e em convergência com elas, desenvolve-se uma crise geopolítica originária da decomposição da ordem internacional remanescente dos acordos de Bretton Woods hegemonizada pelos Estados Unidos e emergência de um novo arranjo geopolítico, liderado pela China e com crescente protagonismo do Brics. Também podemos caracterizá-la como crise da hegemonia estadunidense.


Uma convergência crítica 

Produto do desenvolvimento desigual das nações e do parasitismo econômico do Ocidente a crise de hegemonia é o corolário do declínio da liderança econômica dos EUA e UE e da ascensão da China e, menor medida, dos países que compõem o Brics. Não restam dúvidas de que a crise econômica acelerou este processo. A economia chinesa, embora afetada, continuou crescendo em ritmo surpreendente e desigual (agora a 7% ao ano) e foi justamente ao longo dos últimos anos que ocorreu a criação (2009) e consolidação do Brics e a rápida multiplicação dos investimentos chineses na África, Ásia e América Latina. É visível a convergência entre as crises econômica e geopolítica do capitalismo. 

O cenário de instabilidade é agravado pela crise ambiental, hídrica e energética, que amadureceu em função das relações predatórias que o capitalismo estabelece com a natureza, desafiando a sustentabilidade dos recursos naturais que ancoram o processo produtivo e evidenciando a irracionalidade do modo e das relações de produção burguesas, que insensíveis aos anseios de bem-estar social e ao equilíbrio ecológico visam exclusivamente a maximização dos lucros.

A necessidade de uma nova ordem mundial ganha corpo e força nas iniciativas lideradas pelo Brics (como a criação do Novo Banco de Desenvolvimento e do Arranjo Contingencial de Reservas, instituições alternativas ao Banco Mundial e ao FMI) e pelo governo chinês (criação de um banco asiático de infraestrutura contra a vontade do império, por exemplo) e, em nossa região, pelos governos progressistas - criação da Alba, da Unasul e da Celac, bem como a rejeição da Alca, que em conjunto configuram um processo de transição para um novo arranjo geopolítico. 

A ascensão da China à condição de potência financeira vem ao encontro desta transição latino-americana e caribenha para uma nova ordem regional, respaldando-a. O apoio financeiro dos comunistas chineses a Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia, Argentina, Brasil e outros países da Nossa América, tem se revelado fundamental no cenário de crise e constitui inegável e forte contribuição à sustentação dos governos progressistas, tornando-os menos vulneráveis aos humores instáveis do combalido sistema financeiro ocidental, bem como às chantagens e sanções do império.

O império contra-ataca 

A reação dos EUA e da Europa contra este movimento histórico é uma das principais causas dos conflitos políticos na Ucrânia, no Mar da China e também por aqui, na América Latina. Por trás da onda conservadora em curso, explorando debilidades políticas e a crise econômica, percebem-se os dedos do império, a ação para desestabilizar os governos progressistas, interromper e reverter o novo ciclo político deflagrado após a primeira eleição de Hugo Chávez na Venezuela. 

Embora em franco declínio na esfera econômica os EUA ainda mantêm a hegemonia militar e forte influência política e ideológica sobre as classes dominantes e parcelas expressivas das populações locais. A ligação entre o imperialismo e as forças conservadoras nos países latino-americanos não é fenômeno novo. Há muito acompanha a conturbada história das relações da Nossa América com o valentão do Norte, cabendo lembrar neste sentido o papel ativo de Tio Sam nos golpes de 1964 no Brasil, 1973 no Chile, 2009 em Honduras e 2012 no Paraguai, além das iniciativas golpistas na Venezuela em 2002/2003 e 2014 contra os governos Chávez e Maduro, na Bolívia (2008) e Equador (2010).

Em meio à ofensiva conservadora é também notável e preocupante o avanço das forças de extrema direita em todo o globo, a exemplo do que ocorreu nos anos 30 do século passado como desdobramento da Grande Depressão e do infame Tratado de Versalhes. A crise, conforme observou Engels, é expressão da explosão das contradições inerentes ao sistema capitalista e imperialista. Enquanto não encontra um desfecho é natural e inevitável que resulte na elevação da temperatura da luta de classes e acirramento dos conflitos políticos e militares entre as nações.

A conjuntura instável e as tensões em crescimento no mundo e no Brasil projetam um futuro de sombras e embutem um risco iminente de conflagrações ainda mais violentas e retrocesso para a classe trabalhadora e a civilização humana. Mas a crise também pode se transformar em oportunidade de mudança, favorecendo a transição para uma nova ordem mundial efetivamente multilateral e democrática, assim como a luta pela superação do capitalismo e construção de uma nova sociedade, socialista.

A polarização crescente sugere que escassez de espaço para soluções intermediárias e a conciliação de classes. As portas para uma saída reformista estão sendo fechadas não pela classe trabalhadora, mas pela própria burguesia, que dobra a aposta no neoliberalismo e promove o acirramento da luta de classes, conforme notou o economista Luiz Carlos Bresser Pereira. Será preciso energia revolucionária para deter a onda conservadora e o avanço do neofascismo e construir uma saída progressista para a crise do capitalismo. 

http://www.vermelho.org.br/noticia/264791-9

China deve recorrer a novo aumento na liquidez dos bancos

O Banco Popular da China planeja uma redução de meio ponto percentual na proporção dos depósitos que os bancos são obrigados a manter como reserva. É a terceira redução do ano, embora a medida não tenha se mostrado eficaz para estimular o crédito.ENLARGE
O Banco Popular da China planeja uma redução de meio ponto percentual na proporção dos depósitos que os bancos são obrigados a manter como reserva. É a terceira redução do ano, embora a medida não tenha se mostrado eficaz para estimular o crédito. PHOTO: REUTERS
Por 
LINGLING WEI, de Pequim
Segunda-Feira, 24 de Agosto de 2015 00:03 EDT
O Banco Popular da China está preparando uma nova injeção de liquidez no sistema bancário para estimular o crédito, dizem autoridades e consultores do banco central chinês. A decisão ocorre num momento em que as recentes intervenções da instituição no câmbio vêm causando a retirada de fundos em yuan do mercado e renovando preocupações com fugas de capital.
O plano — que inclui a redução dos depósitos bancários que as instituições são obrigadas a manter como reservas — sinaliza que as manobras cambiais promovidas pelo banco central chinês nas duas últimas semanas estão tendo efeitos adversos e novamente forçando a instituição a recorrer à redução das reservas obrigatórias, uma medida de afrouxamento monetário que até agora não conseguiu estimular a atividade econômica.
A iniciativa, que pode ser posta em prática antes do fim deste mês ou no início do próximo, consistiria numa redução de meio ponto percentual na proporção dos depósitos que os bancos são obrigados a manter como reservas, o que potencialmente disponibilizaria 678 bilhões de yuans (US$ 106,2 bilhões) para os bancos emprestarem.
Essa será a terceira redução na taxa de reservas que o BPC realiza neste ano. Outra opção sendo estudada pelo banco central é direcionar o corte apenas aos bancos que emprestam grandes volumes de recursos para empresas pequenas e privadas — aquelas consideradas essenciais para o crescimento futuro da China —, embora essa estratégia não tenha se mostrado eficaz no passado para canalizar fundos a esses tomadores.
Uma preocupação que o banco central chinês tem ao reduzir ainda mais o percentual de reservas obrigatórias é que, em teoria, aumentar a liquidez pode enfraquecer ainda mais o yuan. Nesse momento, porém, a principal preocupação do BPC é o aperto de liquidez resultante de suas recentes intervenções no câmbio — ações que resultaram em fundos em yuan sendo drenados do sistema financeiro. Isso, juntamente com novos sinais de saídas de capital, está ameaçando provocar uma escassez de fundos nos bancos chineses e ainda maiores turbulências no mercado. Para garantir uma ampla liquidez, o banco central pode cortar a proporção de reservas obrigatórias novamente.
Em 11 de agosto, o BPC orquestrou uma desvalorização de quase 2% no câmbio oficial do yuan fixado pelo banco central, o que resultou em uma queda de 4% da moeda no mercado — a maior em 20 anos. O banco central vinculou a desvalorização aos seus esforços para tornar o câmbio mais direcionado pelo mercado, uma vez que os investidores mudaram suas expectativas nos últimos 12 meses e passaram a acreditar que a moeda fosse perder força.
Mas a medida foi implementada num momento em que a queda nas bolsas de valores do país já havia abalado bastante a fé dos investidores na capacidade do governo de gerenciar a economia. Com o agravamento dos temores de uma desaceleração mais forte na economia chinesa, o yuan continuou a cair e o BPC acabou recorrendo a uma estratégia que havia afirmado que usaria menos: a intervenção direta para controlar o câmbio.
Essa mais recente interferência envolveu a venda de dólares e a compra de yuans para evitar que a moeda chinesa despencasse. Analistas da Orient Securities Co., corretora de Xangai, estimam que o banco central gastou mais de US$ 40 bilhões na intervenção, dos cerca de US$ 3,6 trilhões em reservas estrangeiras que a China possui. Como as medidas acabaram por drenar os fundos em yuan do mercado, o BPC injetou, na semana passada, 260 bilhões de yuans em fundos de curto e médio prazos no sistema financeiro para compensar o aperto na liquidez.
A iniciativa, entretanto, pode não ser suficiente porque a economia em desaceleração e a moeda desvalorizada podem deflagrar um fluxo maior de recursos para fora da China. As posições em yuan acumuladas nos bancos chineses por meio de compras em moedas estrangeiras caíram em um volume recorde de 249,1 bilhões de yuans em julho, um sinal de que mais dinheiro está deixando o país.
“Uma nova rodada de redução das reservas obrigatórias é inevitável”, diz Zhang Ming, economista sênior da Academia Chinesa de Ciências Sociais, um centro de estudos do governo. Zhang projeta mais quatro cortes ainda este ano.
Ainda assim, dentro do banco central, permanecem as dúvidas sobre a eficácia dessas medidas, dizem autoridades e consultores. Os dados mais recentes do BPC mostram que os esforços do governo para sustentar as bolsas desde o início de julho resultaram em um aumento de empréstimos para as instituições financeiras, mas o crédito para a economia real despencou. Além disso, mais um aumento significativo na ampla oferta monetária na China — atualmente em US$ 21 trilhões, quase dobro que nos EUA — poderia elevar a inflação e criar bolhas de ativos.
“O banco central teria preferido não inundar o mercado novamente com liquidez, se ele pudesse escolher”, diz uma autoridade próxima ao BPC.
O dilema revela que a política monetária da China permanece em grande parte à mercê do ainda rígido sistema cambial. O desejo de Pequim de controlar o valor do yuan, demonstrado nas recentes intervenções, significa que, ao contrário do Federal Reserve e outros bancos centrais, o BPC ainda não tem a capacidade de conduzir uma política monetária independente.
Isso porque comprar ou vender yuans para influenciar o câmbio pode afetar a liquidez doméstica, levando o banco central a ter que ajustar sua política monetária como consequência.

Na maior parte dos últimos dez anos, o BPC vendeu yuans e comprou dólares para evitar que a moeda chinesa se valorizasse rápido demais. A prática resultou na acumulação de um enorme volume de reservas em moedas estrangeiras e levou o banco central a absorver a liquidez gerada na economia elevando a proporção das reservas obrigatórias dos bancos. Desde o ano passado, com a mudança das expectativas do mercado quanto à direção do yuan, de valorização para desvalorização, a China tem registrado saídas de capital preocupantes e o banco central vem tendo que reduzir a proporção de reservas obrigatórias para elevar a liquidez do mercado.

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