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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Preso na Itália, Pizzolato responderá a processo em liberdade, afirmam advogados

Xeque- Marcelo Bancalero

Tudo está no seu lugar...
Graças a Deus!

A verdade às vezes precisa tomar caminho mais sinuosos...
Mas ela sempre chega onde deve chegar!
O que vemos, é que começa a se mostrar no horizonte que nossa luta contra a farsa valeu à pena!


Pizzolato responderá a processo em liberdade, afirmam advogados

6/2/2014 13:46
Por Redação, com colaboradores - do Rio de Janeiro e Roma  
Pizzolato poderá responder às acusações em liberdade, na Itália
Pizzolato poderá responder às acusações em liberdade, na Itália

Advogados do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, na Itália, preparavam um pedido à corte de Justiça daquele país para que o cliente responda, em liberdade, por crime de ‘falsidade ideológica’, do qual é acusado por conta do passaporte adulterado, com o qual ingressou no país. Embora o oficial de ligação da polícia italiana no Brasil, Roberto Donati, tenha dito a jornalistas quePizzolato “foi preso para extradição”, juristas brasileiros consideram esta possibilidade ‘extremamente remota’. Mas, uma vez comunicada oficialmente da prisão do réu condenado na Ação Penal (AP) 470, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma corte italiana receberá os documentos relativos à ação julgada no Brasil.
– Tanto na Itália, quanto no Brasil, Pizzolato é réu primário e, principalmente aqui (em território italiano), este fato pesa no estabelecimento de uma fiança, para que ele possa responder ao processo em liberdade. Ainda assim, Pizzolato terá direito a um novo julgamento quanto à AP 470, se o Brasil insistir que ele deva cumprir pena no país. A extradição, por enquanto, é ainda impensável – afirmou um de seus advogados ao Correio do Brasil, por telefone, de Roma.
O pedido de extradição precisará ser aceito, ou não, pela Itália, uma vez que Pizzolato tem cidadania também no país europeu. Neste caso, existe a possibilidade de ele ser julgado pela própria Justiça italiana, o que reabrirá o processo conhecido como ‘mensalão’, para que Pizzolato apresente as provas contidas em um dossiê que ele levou em sua bagagem, durante a fuga.
Cerco policial
Em entrevista a jornalistas, na manhã desta quinta-feira, o delegado da Polícia Federal (PF) Luiz Cravo Dórea, coordenador de Cooperação Internacional, detalhou os passos da investigação para chegar a Pizzolato, único foragido dos condenados na Ação Penal 470, processo do mensalão. Preso em Maranello, no norte da Itália, por policiais brasileiros e italianos, o ex-diretor do BB foi ouvido pelas autoridades daquele país na cidade de Modena, enquanto “nosso adido na Itália só acompanha”, de acordo com o diretor executivo da PF, delegado Rogério Galloro.
De acordo com a PF, a fuga ocorreu dois meses antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter emitido o mandado de prisão, no dia 15 de novembro do ano passado. A partir da decisão do STF, a PF emitiu comunicado para a Polícia Internacional (Interpol) e todos os adidos da Polícia Federal no exterior. As investigações chegaram a um registro com o nome do irmão do ex-diretor, Celso Pizzolato, morto em 1978, na cidade de Concórdia (SC). O nome constava na lista de passageiros de um voo de Buenos Aires (Argentina) para Barcelona (Espanha), do dia 12 de setembro. A partir daí, a Polícia Federal descobriu que o passaporte usado por Pizzolato para sair do Brasil era falso, assim como o passaporte italiano, o CPF e o título de eleitor.
Segundo os investigadores, Pizzolato deixou o Brasil no dia 11 de setembro, por Dionísio Cerqueira (SC), na fronteira com a Argentina, e viajou 1.314 quilômetros de carro direto para o Aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, onde sua esposa já havia comprado a passagem para Barcelona. Pizzolato chegou a Itália no dia 14 de setembro, em um Fiat Punto, vermelho, com placa de Málaga, alugado pela esposa, Andrea Haas. Os investigadores identificaram que o sobrinho de Pizzolato trabalha na escuderia Ferrari, de Fórmula Um, em Maranello, e passaram a acompanhar o movimento nas proximidades da casa há dois dias.
Ao deixar a casa do sobrinho, na véspera, acompanhado pela mulher, Pizzolato foi detido sob acusação de portar passaporte falso, em nome do irmão morto, embora a foto fosse verdadeira. Na Itália, o caso é considerado falsidade ideológica. No Brasil, o ex-diretor do BB foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro, com pena em regime fechado e multa de R$ 1,3 milhão.


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