Magazine do Xeque-Mate

terça-feira, 30 de abril de 2013

O acórdão maquilado...Ou "O fatiamento do acórdão!"

Xeque - Marcelo Bancalero

Além da necessidade dos advogados unirem-se em torno de um mesmo objetivo, A ANULAÇÃO DO JULGAMENTO DA AP 470 baseando-se nos ERROS cometidos na acusação feita erroneamente  contra Henrique Pizzolato no caso dos desvios que não ocorreram, no Banco do Brasil, falta de ética ao esconder regulamento da Visanet, empresa privada, entre outros absurdos...
Precisam urgentemente, pedir outro acórdão, sem maquiagem, sem "fatiamentos", sem  safadeza, sem articulações manipuladoras de opinião pública...
Seria razoável que os ministros do supremo, já que DESPREZARAM A ÉTICA, A CONSTITUIÇÃO, A JUSTIÇA, A VERDADE E O  RESPEITO PARA COM OS BRASILEIROS, demonstrassem ao menos um pouquinho de VERGONHA NA CARA!
Leia o excelente artigo
O acórdão maquilado
Odenildo Sena » Ponto de vista

Desconfio que alguns ministros do STF andaram lendo ‘1984’ do inglês George Orwell. Veio à tona a constatação de que, no texto do acórdão do julgamento do chamado ‘mensalão’, 1.335 registros foram suprimidos e indicados pela expressão ‘cancelado’. Embora o procedimento seja praxe, há controvérsias. Uma dessas supressões, segundo o jornal Folha de S. Paulo, sequer veio acompanhada da indicação de cancelamento, mas retrata um momento, no mínimo, emblemático. Trata-se do quadro em que o ministro Joaquim Barbosa manifesta uma estranha preocupação em agilizar o final do julgamento, no que é contestado pelo então presidente do STF, Ayres Britto, que diz: “Por outro lado, (a pressa) não pode comprometer a segurança jurídica da votação”. Tudo leva a indicar que, aquilo que os ilustres magistrados acharam natural e até contundente diante das câmeras, de repente tornou-se inconveniente para constar no documento oficial que deveria consagrar o que, de fato, aconteceu durante o espetáculo televisivo em que se transformou o julgamento. Como disse um amigo, “encenaram pra TV os 15 minutos de fama e, na hora H, cortam as incoerências ditas…”
Ao lado disso, há uma questão que é científica. No mundo da linguagem, os sentidos daquilo que se diz são construídos no âmbito do que os estudiosos do assunto chamam de cena enunciativa. Traduzindo: todos os elementos linguísticos e extralinguísticos que formam o cenário no momento em que se fala são peças fundamentais dos sentidos de tudo aquilo que dizemos e, portanto, dos argumentos que elaboramos e manifestamos. Elementar, portanto, que, se os senhores ministros suprimem partes de sua fala no acórdão, estão deixando de dizer aquilo que disseram durante o julgamento e desdizendo a formulação de seu juízo de valor. Estão dizendo outra coisa. Estão, inevitavelmente, deixando de retratar os elementos da linguagem que alimentaram seu voto.
No fundo, os ministros consertaram a história e tentaram apagar a História.  Ou seja, agiram exatamente como retratado no livro de Orwell, em que a história é permanentemente reescrita através da “Novilíngua” para se adequar aos interesses do supremo Big Brother. Diante disso, inevitável pensar que, de duas, uma: ou as palavras e frases usadas pelos ministros durante o julgamento foram fundamentais como força argumentativa para defender seus pontos de vista, ou muitos daqueles momentos não passaram de encenação e, por isso, foram retirados do texto publicado. Se vale o primeiro caso, não caberia suprimir trechos de suas manifestações; se vale o segundo caso… Bom, aí penso que a situação é seríssima.
A praia da discórdia
A reabertura da praia de Ponta Negra, há duas semanas, deu o que falar. Não que eu tenha algo contra isso. Nem contra isso nem contra aquilo. A praia é um espaço fundamental pra população, já tão carente de opções de lazer. E acho legal que o prefeito, com toda bravura, tenha devolvido o espaço a quem pertence: ao povo. Minha questão é outra. Ainda que a praia seja o mote. Acontece que eu fui acometido por aquilo que os psicólogos chamam, salvo engano, de dissonância. Explico-me. Abri os jornais daquela segunda-feira e me interessei por buscar informações sobre a reabertura da praia. E ali começaram as dificuldades. Primeiro li Acrítica. Lá, no parágrafo inicial da matéria, dizia que “o sol intenso de 32oC atraiu aproximadamente 15 mil pessoas para o balneário, segundo estimativa do Corpo de Bombeiros”. Nossa! Quanta gente! Inevitável imaginar o conforto do espaço com todo esse povo reunido, ávido por se deliciar nas águas do Negro. A euforia durou pouco. Em seguida, abri o Diário do Amazonas. Foi um banho de água fria. Estava lá, no primeiro parágrafo do texto: “Com sol e temperatura alta desde as primeiras horas do dia, a Praia da Ponta Negra foi o destino de cerca de seis mil pessoas neste domingo, segundo estimativa da Policia Militar”. Meu Santo Papa, e agora? A fonte é a mesma, a briosa Polícia Militar, mas a diferença não é pouca. Por baixo, chega a 8,5 mil pessoas que não foram contadas ou foram contadas além da conta. Pra completar meu estado de dissonância, o Diário anunciou, abaixo da manchete, que “Primeiro final de semana após reabertura do balneário, na quarta-feira, superou expectativa”. Já em acrítica, estava lá, abaixo da manchete, que “No dia de maior lotação do único balneário na área urbana de Manaus, desrespeito às leis e falta de civilidade dominaram a cena”. Francamente, companheiros, cheguem a um acordo.  Leitor sofre…

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