José Dirceu tem sido vítima de uma das mais criminosas, temerárias e inqualificáveis perseguições a uma figura pública que nossa democracia tem registro!
Este triste espetáculo teve por ápice a canhestra e desavergonhada sustentação oral do, não menos canhestro e desavergonhado, PGR. Este senhor, falhando de forma inefável com seu compromisso com a verdade e traindo a função de promover a JUSTIÇA, sustentou a condenação de Dirceu com base em (1) meras provas testemunhais e no (2) argumento que, sem suas palavras, chefes de quadrilha não deixam provas.
Sobre as (meras) provas testemunhais, apesar do Sistema da Persuasão Racional atribuir-lhe igual valor probante às demais provas, faz-se mister recordar que outrora, com muita justiça, tal meio probrante mereceu o rótulo de “prostituta das provas”. Isto porque, a prova testemunhal é manifestação da expressão de seres humanos, que têm como apanágio de sua natureza a falibilidade! Falhamos por engano e por deliberada vontade! Ora, assim sendo, como condenar um homem meramente pelo que outro(s) dele dizem?
Ainda sobre a prostituta das provas, urge lembrar que a sustentação acusatória se arvorou apenas em interpretações (equivocadas e tendenciosas) de declarações truncadas, pouco claras e nada assertivas colhidas na fase extrajudicial, seja no “coliseu” de uma açodada e confusa CPI, seja em outros palcos onde não brilham as mais altivas luzes da justiça!
No que tange à sustentação no sentido de que os chefes de quadrilhas não deixam provas materiais de suas condutas criminosas e que por isso Dirceu deveria ser condenado, mesmo com a ausência de tais provas. Trata-se de um insidioso veneno, que se acolhido fosse, alvejaria de morte a segurança Jurídica, por permitir que qualquer um de nós mediante o somatório de duas mentiras - Prova testemunhal + Suposta Impossibilidade de produção de provas matérias – pudesse ser levado à fogueira da moderna inquisição!
Senhor Procurador Geral da República, Senhores Ministros do STF, nossa adolescente democracia já não permite esse tipo de manobra escusa que pretende macular com a paixão politiqueira de um homem a concepção de Justiça de todo um povo!
Senhor IGR - Inquisidor Geral da República- não retornaremos, como pretende V. Ex., às Ordálias, conquanto à minha falha natureza apeteça, ainda que por parcos momentos, mandar-vos andar descalço sobre incandescentes brasas, tendo por condição de vossa honestidade não queimar os pés, sob pena de o fazendo merecer a sentença capital!
Não! O Brasil de hoje, construído por pessoas como José Dirceu, não permite esse retrocesso!
Deste julgamento, passe-me o verso voluntariamente singelo, só cabe um resultado:
Dirceu é Inocente!
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Dê aqui seu Xeque-Mate nessa situação!