Magazine do Xeque-Mate

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

De Goulart a Pizzolato o golpe esta no forno sim! E adivinha quem quer servi-lo "A`La carte"?

Xeque -Marcelo Bancalero

O texto do autor Raul Longo, é também um texto longo...
Mas acreditem, vale à pena ler com atenção cada palavra.
Por isso, nem vou me estender aqui nos meus comentários... Apenas vou deixar claro que concordo com a conclusão objetiva do mesmo.
Tem golpe no forno sim!
E querem te servir "A La Carte"!
Entenda... A expressão "a la carte" é uma expressão francesa (oriunda é claro dos restaurantes) que quer dizer "à carta", ou seja, serviço escolhido baseado em um cardapio. No caso dado garçom que é essa mídia golpista, você não tem opções,só as que existem no cardápio golpista!
E acreditem...
A Globo, que já foi acusada até pela minha amiga, Andre Haas, esposa de Pizzolato ( http://goo.gl/kCv1EC ). está na categoria de garçom para oferecer  iguaria!
Você acha mesmo que é coincidência a Rede Globo fazer aniversário de 50 anos, 1 ano após o aniversário de 50 anos do golpe militar de 64?
Sabe nada... Inocente!
Me assusta ver o Jô Soares ( http://goo.gl/OIkpvZ ),   Boechat ( http://goo.gl/ANrD1S ), Marcelo Taaz ( http://goo.gl/f1iqy1 ) , de repente, todos dizendo que não há clima para golpe, para Impeachment ( http://goo.gl/TTRENb ), ou em defesa ao PT...
Isso me parece uma estratégia para nos desarmar!
Acorda Brasil! ( http://goo.gl/FGwlJk )
Acorda  PT! ( http://goo.gl/ed80hU ) Acorda!!!!! ( http://goo.gl/ZnP71o ).

Leia mais;


DE JOÃO GOULART A HENRIQUE PIZZOLATO



Inverno, Primavera, Verão ou Outono? Qual a melhor estação para o lançamento do último modelo de golpe político?


Raul Longo

Estou sendo reducionista, na verdade o golpe em permanente curso no Brasil teve início com Carlos Lacerda, o agente contratado para a execução do golpe postergado pelo suicídio de Vargas. Postergado, mas não descartado, aquele golpe permaneceu em cozimento até ser servido aos comensais em 1964.

Alguns o consideraram mal passado e voltou ao forno para recozimento de golpes aos golpistas. Chegou-se até a sugerir como atentado o acidente aéreo que matou Castelo Branco.

Ilação? Pode ser, mas não foi criada do nada. O odor transcende em qualquer parte do mundo onde o prato é assado sob a encomenda de experientes gourmets estrangeiros e nacionais.

Daí que concordo plenamente com o blogueiro Fernando Soares Campos quando afirma que isso de golpe político não é desfile de moda da temporada como acredita o também blogueiro Miguel do Rosário. Miguel não conheço, mas considero admirável embora, em acordo com o Fernando, considero que tenha concluído mal quando diz não haver, no momento, clima para golpe político no Brasil. Isso de golpe não é modelo de roupa que se troca de acordo com as variações climáticas de um dia a outro.

Não vou lembrar agora, mas em algum lugar já citei a ocasião e o nome do Senador dos Estados Unidos que em parlamento afirmou aos seus pares que àquele país se destinava à soberania sobre todos os demais das Américas, do Alaska à Patagônia. Os estadunidenses acreditam muito nas destinações imperialistas do próprio país e embora não recorde qual tenha sido, lembro também que essa pretensão de finais do século 19 foi confirmada em similar declaração pública de um dos mais recentes presidentes daquele país.

Não, não foi o Obama! Que me lembre, a princípio o Obama até tentou pôr alguma ordem nisso de “donos do mundo” e quem assistiu a transmissão da primeira visita do Netanyahu àquele presidente, ainda deve recordar como o premier israelense frigia na cadeira ao lado de um soberbo Obama exigindo a redução das fronteiras do Estado de Israel aos limites estabelecidos pela já espúria resolução da ONU de 1947. De lá pra cá os sionistas continuam avançando sobre os territórios ocupados e dizimando mulheres e crianças palestinas e bem passado mesmo ficou o Obama que jamais voltou a tocar do assunto. Pudera! Quem nesse mundo não está sujeito a sofrer um golpe político promovido por aqueles que detêm o grande capital. Mesmo que seja presidente dos Estados Unidos.

Todos os povos de culturas e religiões ancestrais acreditam que seus deuses criaram o mundo para uso exclusivo dos criadores desses mesmos deuses. Qualquer estudante de antropologia sabe disso e isso ocorre inclusive entre os índios brasileiros. E entre brancos que tomam terras de índios também, mas no caso do deus dos judeus sionistas a coisa se complica porque além das maiores instituições financeiras do mundo, detêm a indústria bélica, o comércio internacional de ouro e diamantes, e os principais conglomerados de condicionamento de massas humanas do mundo. Em todos os setores: cinema, TV e rádio, imprensa... Com tudo isso não há mito que não se torne realidade!

Associando-se o mito do divino legado mundial ao “povo escolhido” com a crença na destinação dos Estados Unidos de mandar no mundo, não há quem os convença a deixar de investir o capital e as armas na toma do que milenar e secularmente já consideram como próprio. Milenarmente pelo mito judaico-sionista e há dois séculos por aqueles que promoveram o mais longo genocídio da história da humanidade para ocupar, sobre o cadáver dos nativos, o território que decidiram como propriedade outorgada por mitos ou destinações, como sionistas se estabelecem sobre cadáveres de mulheres e crianças palestinas a que chamam de território ocupado.

Verdade que portugueses e espanhóis fizeram o mesmo no restante do continente. Ingleses e franceses também pelos mesmos Estados Unidos e o Canadá. Mas esses 25 milhões de vidas exterminadas pelo exército estadunidense é caso posterior a colonização do Império Britânico. Já era o princípio do chamado Império Americano no século XIX. Ali desapareceram dois mil diferentes idiomas. Histórica e culturalmente, a política estadunidense é massacrante ou golpista. E quem confirma isso pelo Youtube é o John Perkins, ex assassino-econômico da CIA que também parece não acreditar na necessidade de algum clima especial para os intentos de seu governo.

A história recente confirma: a opinião internacional era totalmente contrária à invasão do Iraque. Multidões foram às ruas do mundo contra a invasão, inclusive em países invasores como Inglaterra, Estados Unidos e Espanha. Os governos de duas das principais nações europeias, França e Alemanha, foram contra a invasão. A ONU condenou a invasão. As tais armas químicas eram negadas por observadores e especialistas internacionais e a farsa do 11 de Setembro só convencia aos tolos que até hoje acreditam no bicho papão das cavernas do Afeganistão.

A invasão do Iraque foi a última?

Qual clima determinou o golpe em Honduras? Até o Obama teve de fazer de conta de que não concordou com a deposição sem justificativa de Manuel Zelaya. Talvez não concordasse mesmo, mas em que importa a concordância deste ou daquele presidente para o capital dos sionistas?

Fernando Lugo terá sido o último presidente deposto no continente por um golpe de estado? Qual será próximo? Depende do clima? Que clima?

As Jornadas de Junho de 2013 que se estenderam até a Copa foi tentativa de criar um clima? Se o clima criado não foi suficientemente frio ou quente para um intervenção militar nem capaz de inverter os resultados das eleições deste ano, qual estação ou temporada devemos aguardar? O clima pode ser criado através de melhores e mais proficientes aportes e financiamentos de algum George Soros, o sionista judeu-húngaro naturalizado estadunidense? Quando custa um general? Ou meia dúzia de generais? Mais caro do que para derrubar um avião? E pra fabricar outro Joaquim Barbosa ou Roberto Rangel?... Quanto saí? Qual o custo para os sionistas judeus-brasileiros da família  Marinho ou para o sionista judeu-italiano Rupert Murdoch criarem um clima?

Pouco mais ou menos de um mês antes das Jornadas de Junho, as pesquisas de opinião pública indicavam o governo Dilma Rousseff como recordista em aprovação pública, superando o de Lula. Essa era a condição ideal para se tentar criar um clima de golpe?

De alguma forma faz lembrar o amigo e jornalista Ubaldino Pereira ao retornar de uma visita ao pai, exilado no Chile. Ubaldino voltou com a previsão do golpe ao Allende no mínimo meio ano antes de consumado. Não contou de nenhum clima entre o povo chileno que adorava Salvador Allende como pude conferir pessoalmente na década seguinte, já sob a ditadura de Pinochet. Ubaldino conviveu com políticos e lideranças da UP – Unidad Popular, o partido de Allende e pela tibieza da dúbia esquerda chilena pressentiu com muita clareza a oportunidade ideal para o golpe de 11 de Setembro de 1973.

Se esse é o clima necessário para a promoção de um golpe, me preocupa qual seja a diferença daquela esquerda chilena dos nossos radicais autoproclamados bolivarianos, marxistas, comunistas e únicos verdadeiros socialistas desta ou daquela linha? Em quantas linhas se dividem todos esses verdadeiros esquerdas, mais motivados por egolatria acadêmica quando não adolescente, do que por uma realidade que nunca vivenciaram nem a percebem, reiterando acusações à Lula e Dilma como agentes do capitalismo internacional. Se fosse o caso, porque o expert George Soros resolveu investir no improvável?

De fato, de radical em nossa esquerda apenas tem sido a união coesa à direita e à Mídia para condenar os “Mensaleiros do PT”. E nisso se assemelham ao mais ingênuo dos condicionados da classe média mais alienada ou reacionária. Igualmente jamais se perguntam sobre o que a Mídia não pergunta. Nunca ouvi dos trotskistas do PSTU algum questionamento quanto as inexistências de provas reconhecidas até pela própria Ministra Rosa Weber. Tampouco escutei dos stalinistas e leninistas do PC sobre materialidade do crime? Dos bolivarianos do PSOL não há nenhuma requisição da fortuna em dinheiro público desviado?

Onde está? Cadê? Enterrado na sala da casa geminada do Genoíno? Depositado numa conta de banco do Zé Dirceu na Suiça? Costurado aos fundilhos das calças do Delúbio? Ou o Barbosa e o Rangel propositalmente se esqueceram desse detalhe e dividiram o arrecadado descontando gordas comissões aos agentes da PF que tanto investigaram para que os dois afirmassem o desvio sem nunca apresentar o desviado.

Ante de concluir as investigações Sérgio Moro já mandou buscar o que foi desviado da Petrobrás na Suíça? Porque os defensores do povo, a vanguarda do proletário, os gramscianos intelectuais orgânicos não exigem a localização e devolução aos cofres públicos do que a Mídia garantiu ter sido desviado? Apenas por que a Mídia esqueceu de contar pra onde?

Quais serão os verdadeiros companheiros dos verdadeiros esquerdas do Brasil que usaram e abusaram de suas “autoridades” intelectuais ou de pretensas acuidades políticas para se comportar como qualquer ingênuo e alienado telespectador a papaguear ilações e manipulações da Globo, da Veja, do Estadão ou de qualquer um dos tantos produtos da Mídia sionista?

Desde seu princípio o movimento sionista internacional se aprimorou em promover centenas de farsas semelhantes e até conseguiram a aprovação da ONU para a criação de um estado espúrio em território alheio, mas nossa perfunctória esquerda parece não conseguir questionar dialeticamente a matéria dessa história.

Serão de fato tão pró palestinos quanto fazem parecer quando desfilam sob hatas vermelhas em sinal de protesto as invasões e massacres em Gaza?

E agora que Henrique Pizzolato comprovou a Justiça Italiana que a principal acusação ao que -- de Antônio Carlos Magalhães até o Joaquim Barbosa -- foi chamado de maior esquema de corrupção da história política do Brasil,  não passou de farsa? Como explicam suas conclusões através dos processos do racionalismo científico, do materialismo histórico, da dialética, da consciência política, para insistirem no coro das acusações da direita?

Primeiro, fizeram a historia e depois colocaram os personagens.” – declarou Pizzolato ao jornal O Estado de São Paulo, um dos que o atacou previamente embora ao menos tenha tido o cuidado de entrevistá-lo após sua absolvição pelos juízes italianos que analisaram os documentos apresentados como provas da improcedência das acusações a ele e seus companheiros condenados no Brasil. Ignorando essas provas, Joaquim Barbosa cumpriu seu papel nessa história e Pizzolato promete denunciá-lo aos tribunais internacionais.

Problema do Barbosa! Quando a Mídia, continuará pagando com o crescente descrédito público que há 4 eleições derrota seus candidatos. Mas e aquele blogueiro que escreveu que o PT trocou a ideologia pela governabilidade? E a jornalista bolivariana que acusou Lula de comissionado para acobertar corrupção? E os militantes do socialismo real? O comunista revolucionário? Esses poderão identificar o personagem que representaram na história criada pelos roteiristas da farsa do Mensalão?

Se há ou não clima nacional ou internacional para golpe, não sei, mas me parece que o assunto está para a culinária do que para a alta costura. E o que realmente importa são os ingredientes dos quais nossa dispensa é bem provida desde o descobrimento e nos últimos tempos foi ainda mais enriquecida por alguns novos pertences que já vêm sendo cozinhados pela Mídia: Pré-Sal, geopolítica continental e composições econômicas internacionais com países não alinhados aos interesses anglo-sionistas.

A receita é bem simples: ao abundante exclusivismo de uma classe média inculta e inconsequente, misturasse preconceitos e racismos de uma minoria elitista conservada na escravatura e no coronelismo. Bate tudo no liquidificador cotidiano da Mídia adicionando pitadas de pseudo intelectualismo de um Jabor, Reinaldo Azevedo, Ferreira Gullar e condimentos similares.

Depois é só temperar com pitadas de cretinices de Cabeças de Aluguel como as de um Lobão ou Olavo de Carvalho, e deixar dourar em fogo brando ao forno de meia dúzia de generais subsidiados pela Dow Chemical ou Shell Standart Oil, Se preferir um paladar mais light, utilize uma rede de ONGS ambientalistas e políticos financiados pelo capital do sionismo nacional, com leves toques de origens populares. Aí é só servir com o auxílio ou a inércia de uma esquerda incoerente. Para apurar o sabor dê preferência àquelas que adoram pousar para os holofotes da Mídia, mas parcimoniosamente e só quando passam ao ponto de acusar aos quem em realidade a Mídia degrada.

Difícil detectar em que essa esquerda brasileira se difere ou mais se assemelha à direita, se é na estupidez ou na hipocrisia, mas seja no que for a cada segundo turno das eleições dos últimos 12 anos de um governo que ambas acusam, a direita continua se comprovando muito mais eficiente. Afinal, se as acusações são as mesmas e a Mídia glamouriza até a mais radical das esquerdas que se disponha a acusar o governo, por que nesses ainda não conseguiram se apontara sequer como terceiros colocados no primeiro turno? Será que é para não desandar a maionese ou embatumar o bolo?

Tais dúvidas me remetem à outra conversa com um cubano a quem perguntei o que imaginava que teria acontecido ao seu país se uma das 638 tentativas de assassinato do Fidel Castro houve alcançado êxito. Sorriaao responder com total firmeza: - Fidel no hace miedo a nadie. Mucho menos nuestro ejército. Pero nosotroscubanos...”

Não precisou dizer mais nada. Apenas com aquela expressão me fez entender porque uma década de governo do PT ainda não foi suficiente para que outra representação de esquerda disputasse o segundo turno. Para isso terão de despir seus egos dos anacrônicos e estéreis “ismos” se quiserem começar a se entender como“nosotros brasileños” como fez toda a esquerda cubana reunida em torno de Fidel, tão logo se deu a vitória da guerrilha de Sierra Maestra a que muitos criticaram severamente durante toda a revolução. Inclusive o PC cubano.

Dessa forma, depois de décadas de prostituição e degradação na subserviência de empregos subalternos em cassinos e hotéis no paraíso das drogas de veranistas estadunidenses, se formou um povo e uma sociedade que mesmo depois de 6 décadas de embargo econômico e 2 décadas após o fim da União Soviética, “nosotros cubanos” se tornaram tão indigestos aos Estados Unidos que preferem atravessar o planeta para invadir o Afeganistão a dar um passo mais largo para atravessar o Caribe.  

Já no caso brasileiro, Miguel do Rosário que me desculpe, mas estamos cada vez mais apetitosos. E com os talheres oferecidos por nossa esquerda que de foice e martelo só conhecem as das clássicas bandeiras e pouco convivem com de realidades locais como a do MST, difícil acreditar que em no forno dos golpes em qualquer parte do mundo não se esteja alguma encomenda para ser servida no Brasil a qualquer momento e sob qualquer clima. Bem apimentado como um bom vatapá no verão baiano.

Estão servidos?



Nos EUA, um documento secreto que confirma a influência de Roberto Marinho, fundador da Globo, nos bastidores da ditadura militar no Brasil

A Jornalista Helena Sthephanowitz obteve documento precioso, que ficou guardado durante 50 anos, sobre o papel de Roberto Marinho na ditadura militar que atirou o País às trevas durante 21 anos. Nele, o embaixador Lincoln Gordon relata a seus superiores suas conversas com o então presidente das Organizações Globo. Ambos discutiam a sucessão de Castelo Branco e o endurecimento do regime. A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura.
Helena Sthephanowitz, Rede Brasil Atual
No dia 14 de agosto do 1965, ano seguinte ao golpe, o então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Lincoln Gordon, enviou a seus superiores um telegrama então classificado como altamente confidencial – agora já aberto a consulta pública. A correspondência narra encontro mantido na embaixada entre Gordon e Roberto Marinho, o então dono das Organizações Globo. A conversa era sobre a sucessão golpista.
Segundo relato do embaixador, Marinho estava “trabalhando silenciosamente” junto a um grupo composto, entre outras lideranças, pelo general Ernesto Geisel, chefe da Casa Militar; o general Golbery do Couto e Silva, chefe do Serviço Nacional de Informação (SNI); Luis Vianna, chefe da Casa Civil, pela prorrogação ou renovação do mandato do ditador Castelo Branco.
No início de julho de 1965, a pedido do grupo, Roberto Marinho teve um encontro com Castelo para persuadi-lo a prorrogar ou renovar o mandato. O general mostrou-se resistente à ideia, de acordo com Gordon.
No encontro, o dono da Globo também sondou a disposição de trazer o então embaixador em Washington, Juracy Magalhães, para ser ministro da Justiça. Castelo, aceitou a indicação, que acabou acontecendo depois das eleições para governador em outubro. O objetivo era ter Magalhães por perto como alternativa a suceder o ditador, e para endurecer o regime, já que o ministro Milton Campos era considerado dócil demais para a pasta, como descreve o telegrama. De fato, Magalhães foi para a Justiça, apertou a censura aos meios de comunicação e pediu a cabeça de jornalistas de esquerda aos donos de jornais.
No dia 31 de julho do mesmo ano houve um novo encontro. Roberto Marinho explica que, se Castelo Branco restaurasse eleições diretas para sua sucessão, os políticos com mais chances seriam os da oposição. E novamente age para persuadir o general-presidente a prorrogar seu mandato ou reeleger-se sem o risco do voto direto. Marinho disse ter saído satisfeito do encontro, pois o ditador foi mais receptivo. Na conversa, o dono da Globo também disse que o grupo que frequentava defendia um emenda constitucional para permitir a reeleição de Castelo com voto indireto, já que a composição do Congresso não oferecia riscos. Debateu também as pretensões do general Costa e Silva à sucessão.
Lincoln Gordon escreveu ainda ao Departamento de Estado de seu país que o sigilo da fonte era essencial, ou seja, era para manter segredo sobre o interlocutor tanto do embaixador quanto do general: Roberto Marinho. Abaixo o documento:


Rede Globo e o apoio à ditadura

O apoio ao golpe militar não foi um ato isolado. Ela apoiou, incondicionalmente, os 20 anos de ditadura em nosso país
11/09/2013

Editorial da edição 550 do Brasil de Fato

Em editorial, publicado no dia 31 de agosto, o jornal da família Marinho, O Globo, reconheceu que foi um erro ter apoiado o golpe militar de 1964, como o fizeram também todos os grandes jornais do país.
Seriam sinais de novos tempos na Globo? Nem o mais ingênuo dos mortais acredita nessa possibilidade.
O apoio ao golpe militar não foi um ato isolado. Ela apoiou, incondicionalmente, os 20 anos de ditadura em nosso país. Em dezembro de 1968, renovou seu apoio ao governo ditatorial, tornando-se conivente com o Ato Institucional número 5 (AI-5). As prisões políticas, os exílios, casos de torturas e assassinatos de militantes políticos não mereceram uma linha de repúdio ao governo militar, nos noticiários da família Marinho.
Apoiou a ditadura militar e dela se beneficiou. Armando Falcão, um dos ministros da Justiça da ditadura militar, se referia ao dono da Globo, Roberto Marinho, como o “mais fiel e constante aliado”. Desse conluio com a ditadura, nasceu o império que monopoliza as comunicações no país e abarrotou os cofres da família Marinha com uma fortuna de R$52 bilhões de reais.
Fortuna que tem na sua origem na aquisição, fraudulenta, da antiga TV Paulista pela quantia Cr$ 60.396,00 (sessenta mil, trezentos e noventa e seis cruzeiros), equivalente à época a US$ 35,00 (trinta e cinco dólares).
Não faltam provas sobre falsificação de documentos e outras ilegalidades cometidas por Roberto Marinho para se apoderar da TV Paulista, fato exitoso por causa do conluio que mantinha com o governo da ditadura militar.
Os descendentes da família proprietária da Rádio Televisão Paulista S/A e dos 670 acionistas que foram lesados por Roberto Marinho movem um processo contra a Globo, que se encontra no STF e tem como relator o ministro Celso de Mello. Mas ao contrário da energia que demonstra para atacar o ex-ministro petista José Dirceu, o decano da corte não apresenta nenhuma pressa para julgar o recurso dos que foram lesados pela família Marinho.
A mesma postura, de silêncio conivente, foi adotada com as ditaduras militares que espalharam pelo continente latino-americano nas décadas de 1960 e 1970. E se repetiu, com indisfarçável simpatia, nos golpes de Estado que depuseram presidentes de repúblicas, democraticamente eleitos pelo voto popular, como o do Jean-Bertrand Aristide (Haiti), em 1991, Manuel Zelaya (Honduras), em 2009 e Fernando Lugo (Paraguai), no ano passado. Está no DNA da Globo apoiar governos reacionários, golpistas e antidemocráticos.
Seu reacionarismo continuou em evidência quando, em 1984, o povo brasileiro foi às ruas para exigir eleições diretas para o cargo de Presidente da República. Somente mudou de postura quando o grito das ruas — “o povo não é bobo, abaixo a rede globo” — tornou-se ensurdecedor. Dois anos antes, em 1982, envolveu-se com a empresa Proconsult, associada a antigos colaboradores do regime militar, na tentativa de impedir a vitoria eleitoral de Leonel Brizola ao governo do Rio de Janeiro. Na eleição de 1989, notabilizou-se pela edição manipulada dos seus noticiários, responsável pela vitória eleitoral de Fernando Collor de Melo. Em 2010, foi bizarra a encenação de uma bolinha de papel na testa do candidato José Serra, numa vã tentativa de provocar a derrota da candidata Dilma Roussef. Há de se admitir que a Rede Globo conseguiu cavar um lugar próprio e cativo nos processos eleitorais do país.
Da mesma forma, quando for contado a história da atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da Ação Penal 470, o chamado mensalão petista, a Rede Globo terá um lugar de destaque superior a muitos juízes integrantes da Corte.
Desde que o STF aceitou a denúncia, porque “julgou com uma faca no pescoço”, nas palavras de um dos seus integrantes, tornou-se evidente os seus esforços para que o resultado do julgamento fosse o que atendesse a seus interesses políticos. Concessão de prêmios para ex-juízes do STF, silêncio conivente sobre possíveis crimes cometidos por membros e pessoas próximas aos que vestem as togas, ofertas de empregos para parentes de atuais integrantes da Corte, espaços fartos em noticiários e reportagens favoráveis aos que votam e se posicionam como seus colunistas escrevem, são apenas os indícios mais visíveis da fina sintonia do que acontece na AP 470 com os desejos dos que monopolizam a comunicação no país.
Juízes teleguiados, escreveram alguns jornalistas independentes, juízes que assumiram papéis de justiceiros, escreveram outros. Não faltaram os que se notabilizaram por memoráveis afirmativas tais como: a verdade é uma quimera ou não há provas mas a literatura jurídica me permite condená-lo. Tudo para não contradizer o script de um resultado pré-determinado pela mão de quem segura a faca no pescoço.
Com este histórico de uma origem nascida com a ditadura militar e sobre negócios fraudulentos, de ataques aos processos de eleições democráticas, de criminalização dos movimentos sociais e sindicais e de tentativas de subordinar os Poderes do Estado aos seus interesses, só resta à Rede Globo promover, anualmente, a campanha “Criança Esperança” para tentar limpar sua própria imagem. Busca fazer caridade com o dinheiro que arrecada das outras empresas e de doações individuais. Enquanto ela mesma sonega uma quantia superior a R$1 bilhão de reais, em impostos devidos a Receita Federal. Tudo a ver com a Rede Globo.


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