Magazine do Xeque-Mate

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

BRASlL E AMÉRICA LATINA: COOPERAÇÃO NA ÁREA DA SAÚDE

Xeque -Marcelo Bancalero

Nesta era da desinformação irresponsável midiática, quando nos deparamos com trabalhos ousados de dedicação a mostrar o que tentam esconder da população, temos o dever cívico de ajudar na ampla divulgação.
A comp@ Rosane Rodrigues , me passou essa excelente literatura a  REVISTA SAPIENTIA, onde está esse magnífico artigo dela onde  faz uma análise sobre como a cooperação com Cuba ajuda na melhora da saúde no Brasil e muito mais.


BRASlL E AMÉRICA LATINA: COOPERAÇÃO NA ÁREA DA SAÚDE



Jornalista especializada em Negociações Internacionais pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e em Estratégia Marítima pela Escola de Guerra Naval (FEMAR). É também mestre em Relações Internacionais pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (CEBELA).

 O conceito de cooperaçãinternacional definido pelo Ministério da Relaçõe Exteriores é abrangente e pode parecer distante do dia a dia da população. o é be assim.  Os resultados oriundo de  parcerias interestatai m impacto direto  n vida do cidadãos sej n facilitação do acesso a determinados medicamentos, em campanhas conjuntas  de combat ao tabagismo seja   n criação   d u sistema   integrado   de doadores de medula A cooperação internacional implic  transferência   o o  compartilhamento de  conhecimentos, experiências e boas-práticas por meio ddesenvolvimento de capacidades humana e institucionais.
   A       cooperação      técnica       internacional se estabeleccomo um instrumento de desenvolvimento,  auxiliando os países participantes a  promove mudanças estruturais no campos  social econômico    institucional. Na área  da saúde em especial na luta contra câncer a  cooperação internaciona Sul-Sul tem sido fundamental
                                 De acordo com o Instituto Nacional do CâncerCuba é único país da América Latina que produz anticorpos monoclonais (base dtratamento de tumores   malignos   que   interfere somente   nas células   doentes).   A   cooperaçã entre   Brasi Cub foi estabelecida e 2004 e  é  considerada estratégica no tratament contra o câncer A ideia da parceri é garantir o acessde pacientes dos dois países a medicamentos e vacinas terapêuticas. O ano de 2014 consolida a parceria com 58 projetos de pesquisa e desenvolvimento. Um dos principais acordo estabelece a transferênci de  tecnologia cuban par a  produçã d medicamento Heberprot-P, remédio que pode reduzir em até 50% a amputação de s  em diabéticos O diabete é responsável pela morte de mais de 57 mil pessoas por ano no Brasil.


O Instituto Nacional do Câncer,  com sede  no Rio dJaneiro, é considerado pela  Organização Mundial da Saúde como centro colaborador  para o controle do tabacna região. Mais do que um título, o Brasil presta  assessoria aopaíses  do MERCOSUL para a redução do tabagismo. Desde
2003, as  discussões dos  ministros dSaúde  do MERCOSUL incluem pesquisa e debate  sobre  o controle do tabaco O Brasil foi o primeiro país da região a reconhecer a saúde  como direito de todos e dever do Estado. Além do MERCOSUL, a UNASUL é outro exemplo de como a cooperação pode  ser  ucaminho  para  o desenvolvimento regional.
A UNASUL é resultante de tratado constitutivo assinado  em 2008, englobando 12 países  da América do Sul. Entre seus  objetivos principais, está um projeto de integração  regional por meio da inclusão social, fortalecimento da democracia e redução  das  assimetrias.  saúde  é uma  das áreapriorizadas para o cumprimento  desse fim.

A cooperação internacional em saúde é a expressão da  solidariedade entre anações, entendida como um direito humano.
Fonte: Ministério da Saúde


A intensificação da cooperação e do desenvolvimento na região é realizada pelo Conselho de  Saúde  na  UNASUL, cuja  meta  é  fomentar  a divulgação  e o desenvolvimento  de  boas  práticas dgovernança pública  nessa  área.  As ações  do Conselh de  Saúd o  verificadas  por  grupos de  trabalhos  por  redes  estruturantes.  Uma das iniciativas surgidas  nesse  âmbito foi o Instituto Sul- Americano de Governo em Saúde (ISAGS). Criado em 2010, a sede  do ISAGS fica no Rio de Janeiro. O instituto é um centro de altos estudos  e debates em políticas públicas.  A ideia é disponibilizar para  omembros  do Conselho  práticas  relevantes  para a gestão, promover intercâmbios e estimular o conhecimento e as inovações.
Nesse contexto, é importante apresentar sobretudo  o trabalho daredes  estruturantes,  na medida  eque  o  uma  forma de  articulação dos recursos  regionaina execução  de políticas pública na  área   da  saúde Ess articulação resulta  em ações  mais eficientes  e sustentáveis. As  rede são,   ante d mais   nada espaços de cooperação técnica que estimulam ações conjuntas. Elas o compostas por hospitais, centros de pesquisa, centros de produção  de medicamentos, entre outras instituições dos doze países  membros  da UNASUL.
Entre   a açõe da rede estruturantes, está     Rede    de    Instituições    Nacionais    de Cânce (RINC),  qu funcion com um   elo de articulação e cooperação entre instituições públicas  e programas para o controle da doença na região. O Instituto Nacional do Câncer  da Argentina foi criado em 2010 nesse  contexto. constante  preocupação parformar e capacitar recursohumanos na região. Ademais, os grupos operativo possibilitara  criaçã d Rede de Biobancos da América Latina e do Caribe (Reblac).  Um biobanco  pode  secompreendido como uma biblioteca que guarda um acervo biológico  de  doadores como  células  e  sangue. A chance de encontrar um doador de medula aumenta consideravelmente com a Reblac. Esse é um exemplo de como a cooperação internacional pode salvar vidas.

Alguns programas e ações de cooperação do Brasil na América Latina

Rede  de  Institutos  Nacionais de  Câncer (RINC
/UNASUL)
A RINC pode ser definida como um conjunto de articulação  e de cooperação entre instituições públicas, de âmbito nacional, nos países  da União das Nações  Sul-Americanas e nos demais  países da América Latina. O objetivo é elaborar  e/ou executar  políticas  e  programas para  o  controle do câncer  na região.  A rede  foi constituída  pelo Conselho Sul-Americano de Saúde, formado pelos
12 ministros da Saúde dos Estados que compõem a UNASUL, em 25 de julho de 2011, por meio da Resolução 04/2011. O Instituto Nacional de Câncer
(INCA), no Rio de Janeiro, é a sede  do programa2.

Seminario do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde

Centro  Colaborador da  OMS para  o Controle do Tabagismo
O INCA foi designado pela  Organização Mundial da Saúde (OMS) como seu Centro Colaborador  para  o Controldo Tabaco  para  a região das  Américas pelprimeira  vez em 1997. E2012, a escolha  repetiu-se  pela  quarta  vez, vigorando  até  o ande  2016. Nesse  período,  o Instituto continuará desenvolvendo  atividades alinhadas  às  prioridades estratégicada  OMS. Um dos critérios mais importantes para a escolha d Centr Colaborador    é   su referênci no controle do tabaco na região. O centro desenvolve um trabalho em conjunto com os países do MERCOSUL para diminuir o tabagismo na região.

Comissão Intergovernamental para Controle do
Tabaco (CICT)
O INCA faz parte  da Comissão Intergovernamental   para  o Controle  do  Tabaco do MERCOSUL e Estados Associados (CICT).  O controle do tabaco integra a agenda de discussões dos  Ministros da  Saúde  dMERCOSUL desde
2003. Foi criada uma comissão intergovernamental para assessorar os ministros da Saúde na implementação dmedidas  dirigidas  à redução do consumo entre a população dos cinco Estados- parte (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai  e Venezuela) e cinco associados (Peru, Bolívia, Chile, Equador  e Colômbia) o equivalente a 361 milhões de habitantes.

Program de    Cooperaçã entre    Brasil    e
Venezuela
Desde  2010, há sete  projetodo programa em   execução Entr ele está   um proposta de nome longo, a Capacitação dos recursos humanos  do Serviço Autônomo da Controladoria Sanitária da República  Bolivariana da Venezuela em  vigilância e controle  dos  produtos  de  uso  e consumo  humano. O objetivo é contribuir para  o fortalecimento  do  monitoramento  e  do  controle dos produtos de uso e consumo humano no país, e é liderado por Nicolás Maduro. Outro projeto é o Apoio técnico para implementação de bancos  de leite humano, cuja ideia é assessorar o Ministério da Saúde da Venezuela na formação de uma Rede Nacional  de  Bancos de  Leite Humano capaz  de fortalecer  as  ações   de  promoção,   proteção   e apoio ao aleitamento materno.

Programa de Cooperação Técnica Brasil-Cuba

O programa foi criado em 1997, mas ganhou força  em  2011. Em  execução,   pode-se   citar  o Fortalecimento Institucional do CECMED (agência cubana  de controle do setor de saúde  e questões sanitárias)  e da ANVISA ( Agência de Vigilância Sanitária) na área de vigilância sanitária de medicamentos. A ideia é fortalecer a capacidade institucional  do  CECMED   e  da   ANVISA nos processos de registro, inspeção,  análise para regulação de preços,  avaliação econômica, monitoramento  do mercado de  medicamentos e combate  à falsificação. Outro projeto de destaque é  o Fortalecimento  institucional do  CECMED  da  ANVISA na  área  de  vigilância sanitária  para aumentar  a capacidade das  duas  instituições no processo de  registro,  inspeção e vigilância pós- comercialização de  produtos  médicos,  kits para diagnóstico  in vitro, sangue,   células  e  tecidos, medicamentos e insumos farmacêuticos  ativos.

Acordo Básico de Cooperação Técnica entre  o Governo  da República Federativa do Brasil e o Governo  da República Argentina
Esse    acordo,    assinado     em    1996,   tem vários   projetos   em   andamento.    Destacam-se o Fortalecimento do Programa de Controle da Dengue  -  intercâmbio  de  experiências para controle da doença  e o de Fortalecimento das Farmacopeias  do  Brasil  e  da  Argentina  e  de seus Laboratórios Nacionais de Controle para a Criação  de  uma  Farmacopeia Regional. A  ideia é  ampliar   o  escopo  do  trabalho  desenvolvido no âmbito do Mecanismo de Integração e Coordenação Brasil-Argentina (MICBA). A criação de  uma  Farmacopeia Regional  para  diminuir  a dependência da  importação  de  substâncias de referência é uma meta futura. Isso pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população e para o fortalecimento econômico  da região.


Ação do Projeto de Cooperação Tripartite Brasil-Cuba-Haiti em Porto Príncipe

Alguns acordos no âmbito do MERCOSUL
Em novembro  de 2014, foi realizada  em Buenos Aires a 36ª Reunião de Ministros da Saúde do  MERCOSUL, para  estabelecer acordos   nas áreas  de  transplantesHIV e  AIDS, obesidade, sangue e hemoderivados. Os documentos assinados pretendem contribuir para a prevenção e o controle dessas doenças. O ministro da Saúde do Brasil, Arthur Chioro, explicou no encontro que essas  estratégias conjuntas  entre  os  países   do bloco fortalecem  a integração  regionalA união dos esforços  para uma saúde  de mais qualidade se transformou em uma realidadincontornável. Hoje debatemos os caminhos da integração, buscand formas    de    seguir    aprofundando de forma sinérgica e eficiente nesta área. É importante continuar trabalhando  arduamente em nossos  processos, buscando sempre aperfeiçoá- los”, argumentou  o ministro.
Com parte    d um cooperaçã mais robusta,  está  a criação  da Tutoria em  Doação e Transplantnos sistemas  de saúde  de cadpaís do MERCOSUL. A ideia é utilizar a experiência brasileira na capacitação de profissionais e estruturação  do centro de   transplantes  na regiãoSegundo  o Ministério da Saúde,  o Brasil hoje é referêncimundial em transplantes, e 95% dos procedimentos o realizados no Sistema Único de Saúde.

Projeto    de    Cooperaçã Tripartite    Brasil¬- Cuba-Haiti
O acordo  foi assinado  em  março  de  2010, em   Porto  Príncipe,   pelos   ministros  da   saúde dos  três  países,  com  o objetivo de  fortalecer  a saúde    pública   do   Haiti,  desestruturada  após o  terremoto   que   devastou   o  país   em  janeiro daquele ano. A cooperação, que  tem um comitê tripartite,  foi  estabelecida  com   representantes dos  Ministérios da  Saúde  dos  três  países.  Além disso,  a Universidade  Federal  do Rio Grande  do Sul (UFRGS), a  Universidade  Federal  de  Santa Catarina (UFSC) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) participam  com   profissionais,  repasse de técnicas de gestão de saúde pública e vigilância sanitária  e também  produção  de  medicamentos. Em  novembro deste  ano, aconteceu, em Brasília, o  Seminário   Internacional   “Saúde   no  Haiti  e os Desafios  da Cooperação Sul-Sul – Lições aprendidas do Projeto Brasil-Cuba-Haiti”. O encontro avaliou o andamento dos projetos e debateu novas perspectivas para o Haiti.








Simulação de atendimento a um paciente com ebola


Ebola

A doença  que  devasta  o continente africano  e  que    matou  milhares   de pessoas também  incrementa  os projetos de cooperação. O Brasil doou, em 2014, R$25 milhões  a  agências das    Nações Unidas (Organização  Mundial de Saúde, Alto Comissariado das  Nações   Unidas para  os Refugiados, entre outras) para  o combate  ao rus do Ebola. Além disso, o dinheiro deve  ser usado  para  projetos de apoio à população na Guiné-Conacri, na Libéria e em Serra Leoa - que são os países  da África Ocidental mais afetados pela  doença.  Ademais, o Brasil também vem contribuindo    com  o envio de  kits hospitalares  e medicamentos.




PARA  SABER  MAIS  SOBR COOPERAÇÃO INTERNACIONAL


Agência Brasileira de Cooperação (ABC)


Instituto Sul-Americano de Gover no em
Saúde  (ISAGS)


Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde do Ministério da Saúde http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o- ministerio/aisa




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